segunda-feira, 28 de julho de 2008

3 dúvidas!

No final do jogo frente ao Celtic parecia não haver muitas dúvidas quanto ao primeiro «onze» do FC Porto 2008/09. É a vantagem de não mudar muito e manter o mesmo esquema táctico. Parece ser consensual que as dúvidas de Jesualdo Ferreira residem apenas em três elementos: o defesa-esquerdo, o trinco e o extremo-direito.
No lado esquerdo da defesa, Benítez (cruza muito bem mas ainda não está adaptado ao futebol europeu) e Lino (é precipitado a defender) parecem não ser suficientes para nos fazerem esquecer da polivalência de Fucile.
Quanto ao lugar à frente da defesa, parece ser o que mais interrogações gera nos adeptos e no próprio Jesualdo Ferreira. Bolatti (ás vezes parece perdido e alheado do jogo), Freddy Guarín (muito atrevido a nível ofensivo) e Fernando (muito forte na antecipação e nas compensações) são os principais candidatos a ocupar o lugar. Julgo que reside aqui a maior dúvida do Professor. Fernando é o que se assemelha mais a Paulo Assunção. Joga sempre muito concentrado mas tem na inexperiência um forte 'handicap'. Quanto a Guarín, permite a Jesualdo dar outra dinâmica ás transições ofensivas. O colombiano é muito forte fisicamente e possui excelente visão de jogo mas tem uma propensão natural para subir demasiado no terreno e descompensar o meio-campo defensivo.
No lado direito do ataque há Mariano Gonzalez e Tarik Sektioui. O argentino parece ser uma obsessão de Jesualdo. O Professor não se cansa de lhe dar confiança e minutos de jogo mas essa teimosia não tem sido correspondida com exibições consistentes. Além disso, o argentino voltou a chegar ao estágio muito pesado (recordam-se de Sérginho Baiano que foi dispensado por Mourinho devido ao excesso de peso?) e parece jogar quase sempre em esforço. Tarik é muito mais objectivo e esclarecido que o argentino. Aposto no marroquino!
Apesar de ainda faltarem quase 3 semanas para o jogo da Supertaça, o FC Porto podería iniciar as competições oficiais já na próxima semana sem estar condicionado ao aperfeiçoamento dos automatismos e rotinas de jogo, pois vão ambas transitar da época anterior. Para já, parece que fazer «troca por troca» poderá ser suficiente: Sapunaru no lugar de Bosingwa, Guarín no lugar de Assunção e Rodriguez no lugar de Quaresma. Mas a dinâmica vai mudar!

«Curiosidades FCP» - Os 5 reforços para a época 1977/78

No Verão de 1977 o FC Porto apresentou 5 reforços para aquele que viría a ser um dos plantéis mais recordados pelos adeptos em toda a história do clube. Fonseca (ex-Varzim), Vital (ex-Riopele), Toninho Metralha (ex-Corinthians), Jairo (ex-Salgueiros) e Francisco Gonzalez (ex-Belenenses) alimentaram a expectativa dos adeptos durante a pré-época 1977/78. Dois portugueses, dois brasileiros e um paraguaio eram a esperança que reforçava o assumir da candidatura ao título. Um guarda-redes e quatro avançados!
Mas apesar dessa época ter sido histórica para o FC Porto (devido ao terminar do jejum de 19 anos), 4 desses 5 reforços contratados no início acabaram por não ter grande influência na conquista desse título nacional. A excepção acaba por ser João Fonseca. Este antigo guarda-redes do FC Porto foi um dos pilares da equipa que conquistou o 6º campeonato nacional da história do clube. Apesar de ter chegado ao FC Porto nessa época, Fonseca acabou por ser um dos mais utilizados por José Maria Pedroto, tendo participado em 30 jogos. Quanto aos 4 avançados, não tiveram muitas oportunidades devido à presença no plantel dos "pesos-pesados" António Oliveira, Duda, Seninho e Fernando Gomes. Vital foi o mais utilizado dos quatro, tendo participado em 12 jogos, quase sempre como suplente utilizado, e marcado 2 golos. Quanto aos outros três (Jairo, Toninho Metralha e Gonzalez), tiveram poucas oportunidades mas acabaram por ficar ligados à conquista do título mais importante da história do clube.

A «foto do dia» - A 1ª página do 'Record' de 5 de Novembro de 2003

Já tínhamos recordado a sensacional vitória em Marselha, por 3-2, que permitiu ao FC Porto consolidar o segundo lugar do Grupo F no final da 3ª jornada da Liga dos Campeões 2003/04. Na altura, recuperámos a primeira página do diário françês 'L'Équipe' que, com uma foto do jogo de Marselha, antecipava o decisivo segundo jogo, disputado nas Antas 15 dias depois.
Hoje recuperamos a primeira página do jornal 'Record' de 5 de Novembro de 2003, que, além da vitória do FC Porto por 1-0 sobre o Marselha, deu grande destaque a Dmitri Alenitchev. O russo foi o grande responsável por esse triunfo ao marcar, logo aos 21 minutos de jogo, num fantástico 'chapéu' que surpreendeu a defesa e o guarda-redes do Marselha.
Os franceses chegaram à 4ª jornada com 3 pontos, enquanto que o FC Porto somava 4, ou seja, ao vencer o Marselha nas Antas, o FC Porto passou a somar 7 pontos e cavou uma diferença considerável para o terceiro classificado quando ficaram a faltar apenas duas jornadas para o final da fase de grupos. O FC Porto acabaría por garantir a qualificação para os Oitavos-de-final, juntamente com o Real Madrid, na penúltima jornada do Grupo F. Depois, seguiu-se o Manchester United nos Oitavos.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

'Fiesta' de Apresentação 2008/09

"Sevilla vibrara esta noche con la Final de la Copa de la UEFA". Foi há 5 anos e 66 dias atrás que o FC Porto venceu o Celtic em Sevilha e conquistou a primeira Taça UEFA para o futebol português. O reencontro está marcado para o próximo Sábado no Estádio do Dragão. Depois da Final da UEFA, os dois ex-campeões da Europa ainda não se tinham reencontrado. Mesmo sendo um jogo de preparação, que marca a Festa de Apresentação do FC Porto aos sócios, é sempre bom recuperar as sensações de Sevilha.
A propósito do amigável de Sábado, recuperamos uma foto de um órgão de informação espanhol que antecipava a Final disputada no Estádio Olímpico de La Cartuja. 'Fiesta', foi desta forma que os espanhóis classificaram os dias que antecederam a Final entre o Celtic e o 'Oporto'!
A multidão de escoceses que há 5 anos invadiu Sevilha não vai desta vez fazer-se notar, mas as boas sensações vão lá estar. Vale a pena ir ao Dragão, não só pelo reencontro com o Celtic mas também pela oportunidade de ver pela primeira vez quem mais alimentou a expectativa dos adeptos durante a pré-época: Freddy Guarín e Cristian Rodriguez.
Uma curiosidade: apesar de já terem passado mais de 5 anos, ainda há dois jogadores do actual plantel do FC Porto que defrontaram o Celtic em Maio de 2003: Nuno e Pedro Emanuel (substituiu Jorge Costa aos 71').

«Curiosidades FCP» - O FC Porto no Joan Gamper

Com a pré-época em curso, aproveitamos para recordar outra participação do FC Porto em torneios de Verão. Recuamos ao início da época 1987/88 com uma foto de Jaime Magalhães e Bernd Schuster durante a 1ª meia-final do Troféu Joan Gamper, disputada no Camp Nou.
Desde 1966 que o Barcelona organiza um dos torneios de Verão mais prestigiantes da Europa em homenagem ao fundador do clube, o suiço Hans-Max Gamper Haessig (na Catalunha ficou conhecido como Joan Gamper). Actualmente, o Troféu Joan Gamper continua a ser pretexto para a apresentação oficial do Barcelona aos seus sócios e adeptos.
Nesta edição, de Agosto de 1987, os convidados do 'Barça' foram o FC Porto, o Ajax e o Bayern de Munique. Nessa altura, o torneio ainda se disputava em formato de quadrangular (com duas meias-finais, uma final e um jogo de atribuição de 3º e 4º lugares) mas desde 1997 que se disputa em apenas uma partida, entre o Barcelona e um convidado dos catalães. O FC Porto acabaría por conquistar a edição de 1987 depois de voltar a vencer, três meses após a Final de Viena, o Bayern na Final do Joan Gamper, desta vez por 2-0, com golos de Semedo aos 49' e Madjer (outra vez!) aos 89'. Mas a foto que hoje recuperamos diz respeito à primeira meia-final, que terminou com a vitória (2-1) do FC Porto sobre o Barcelona.
Aqui ficam os intervenientes dessa partida:
Barcelona, Estádio Camp Nou, 18 de Agosto de 1987
Barcelona: Zubizarreta, Cristobal, Migueli, Julio Alberto (Vinyals), Victor, Salva, Hughes (Carrasco), Schuster, Roberto (Urbano), Lineker, Caldere.
FC Porto: Mlynarczyk, João Pinto, Eduardo Luis (Inácio), Celso, Eurico, Semedo, Jaime Magalhães, Madjer, Gomes (Jorge Plácido), Sousa, André.
Golos: Madjer aos 12', Schuster aos 28' e Jorge Plácido aos 49'.

A «foto do dia» - O golo de Derlei

A presença do Celtic na apresentação do FC Porto é pretexto para recordarmos a sensacional Final da Taça UEFA de 2002/03. Recuperamos o minuto 115 e o preciso momento em que Derlei marcou o 3º golo do FC Porto. Foi a explosão de alegria e o fim da angústia lá atrás da baliza onde se encontravam os adeptos do FC Porto. Reparem que a foto capta o exacto momento em que a bola se dirige para a baliza do Celtic, entre o guarda-redes Robert Douglas e os defesas Johan Mjällby e Ulrik Laursen que, sobre a linha de golo, já não conseguiram evitar que a bola tocásse as redes. Seguiram-se 5 eternos minutos de ansiedade até ao árbitro Lubos Michel dar por terminado o encontro.
É curioso que, apesar dos golos portistas terem sido marcados por dois estrangeiros (Derlei e Alenitchev), o FC Porto apresentou-se nessa final com 15 (!) portugueses e apenas 3 estrangeiros (Alenitchev, Derlei e Clayton). Um facto que, não sendo inédito, é bastante curioso tendo em conta que nos últimos anos as equipas que disputam finais europeias são maioritariamente compostas por atletas de diversas nacionalidades. O que não deixa de ser motivo de reflexão, pois a Final de Viena foi 16 anos antes e também aí o FC Porto se apresentou com uma convocatória constituída maioritariamente por jogadores portugueses.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Não há insubstituíveis!

Hoje, na sua crónica semanal do jornal 'A Bola', Miguel Sousa Tavares mostrou-se indignado com a possível, e provável, saída de Ricardo Quaresma do FC Porto.
Os adeptos que defendem a continuidade de Quaresma estão a confundir a projecção do jogador com a importância que o mesmo tem para o FC Porto. Quando chegou ao FC Porto, Quaresma era um jogador cabisbaixo e com pouca confiança. Na primeira época, chegou a ser suplente durante grande parte da temporada (foi suplente com o Valência, na Supertaça europeia, e com o Once Caldas, na Taça Intercontinental, por exemplo). Agora, vale mais de 30 milhões de euros!
O relançamento da carreira do «Harry Potter», depois do fracasso em Barcelona, muito se fica a dever à confiança de Pinto da Costa, à teimosia de Co Adriaanse e à paciência de Jesualdo Ferreira. O FC Porto foi duas vezes campeão da Europa sem Quaresma, venceu 20 campeonatos sem Quaresma, foi campeão Intercontinental sem Quaresma, e por aí adiante... Por isso, não há razões para tanto alarido com uma transferência que vai permitir à SAD efectuar uma mais-valia magnífica, tendo em conta que o jogador chegou ao FC Porto... de graça!
Apesar de ser o jogador mais valioso do plantel, e da Liga portuguesa, a sua importância no «onze» do FC Porto acaba por não ser proporcional ao seu valor de mercado, mais um motivo para o FC Porto equacionar a sua venda nesta altura. Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez, por exemplo, são muito mais importantes do que Ricardo Quaresma. Aliás, não troco o altruísmo da dupla argentina pelas trivelas do Quaresma. No FC Porto, não há milhões que comprem a cultura de vitória e o hábito de ganhar. É a mística que não tem prêço e não os activos do clube e da SAD!
José Mourinho foi dos primeiros a perceber isso depois de várias tentativas falhadas de voltar à Final da Liga dos Campeões após Gelsenkirchen. E vamos lá ver se vai conseguir atingir novamente a Final, isto porque a vontade de vencer e a própria história são muito mais importantes que os milhões gastos em contratações milionárias. Por isso, a opinião de MST parece mais um capricho do que um receio fundamentado. Ainda há portistas que não entendem a mística do clube!

O «cromo do dia» - Flávio Costa

Flávio Rodrigues Costa nasceu em Carangola, Minas Gerais, a 14 de Setembro de 1906. Este técnico brasileiro orientou o FC Porto na época 1956/57, imediatamente após a conquista do título com Dorival Yustrich. É curioso que, além de ter sucedido a Yustrich, Flávio Costa partilhava com o seu compatriota o temperamento e o estilo autoritário.
Segundo relatos da época, o FC Porto orientado por Flávio Costa foi das equipas que melhor futebol praticou durante a década de 50. Apesar de não ter sido campeão, devido sobretudo a um malfadado empate com o Atlético (0-0) nas Antas, o FC Porto de Flávio Costa jogava um futebol atractivo e só por mera infelicidade não se sagrou bicampeão nacional nessa época (foi segundo classificado a um ponto do Benfica). Aliás, nessa temporada, o FC Porto consentiu apenas um empate em sua casa, precisamente contra o Atlético, tendo marcado 53 golos e sofrido apenas 4!
Além de ter ficado ligado a esse fatídico empate, Flávio Costa também ficou associado à célebre derrota do Brasil frente ao Uruguai no Mundial de 1950. Este ex-técnico do FC Porto era seleccionador do Brasil nesse trágico duelo frente ao Uruguai, que levou 200 mil pessoas ao Maracanã (um record mundial). O Uruguai venceu o Brasil por 2-1 e Flávio Costa ficou para sempre marcado por essa derrota.
Antes de se tornar treinador, Flávio Costa foi um centro campista do Flamengo e do Vasco da Gama, no final da década de 20 e inícios da década de 30. Nessa altura, a sua forma de jogar valeu-lhe o apelido de «Alicate», porque usava as pernas para, em carrinhos impetuosos, derrubar os adversários, o actual «tackle». Depois de terminada a carreira de jogador, continuou no Flamengo como técnico e ainda é hoje o treinador que mais tempo orientou o Flamengo (também foi seleccionador brasileiro por mais de uma década). Foi depois de deixar o cargo de seleccionador que surgiu o convite do FC Porto para substituir Dorival Yustrich. Segundo relatos da época, exigiu ao FC Porto um prémio de assinatura de 250 contos e um vencimento mensal de 40 contos, uma exorbitância para a época. Contudo, depois das primeiras negociações ao telefone (!), Flávio Costa acabaría por aceitar a proposta do FC Porto: 23 contos por mês!
Flávio Rodrigues Costa faleceu no dia 22 de Novembro de 1999, aos 93 anos, como destacado membro de um grupo de sócios do Flamengo, os “Boca Maldita”.

A «foto do dia» - O suplemento 'The Game'

Aproveitando o reencontro com o Celtic, marcado para o próximo Sábado no Estádio do Dragão, recuperamos o suplemento de desporto do jornal britânico 'The Times', que antecipava a Final da Taça UEFA, entre o FC Porto e o Celtic de Glasgow, disputada em Sevilha.
O 'The Times' é um histórico tablóide britânico que, além de temas da actualidade britânica, da política e da economia, também disponibiliza aos seus leitores o dia-a-dia do futebol britânico, através do suplemento 'The Game'. Esta popular publicação londrina, nas bancas desde 1785, resolveu surpreender os inúmeros adeptos escoceses presentes no sul de Espanha com uma «Spanish Edition» do 'The Game', que trouxe à capa uma bandeira com as cores do Celtic. Um suplemento especial totalmente dedicado à Final da Taça UEFA, disputada 2 dias depois, no Estádio Olímpico de Sevilha.

sábado, 19 de julho de 2008

Primeiras impressões do FC Porto 2008/09

Depois de realizados 3 jogos de preparação (frente a Ribeirão, PAOK e Hannover) já é possível fazer uma primeira análise ao FC Porto 2008/09. Pelo que se tem visto, e apesar de ter experimentado o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1, Jesualdo Ferreira vai continuar a privilegiar o esquema da época passada, o 4-3-3. E a verdade é que não haverá muitas razões para mudar. Afinal, foi a utilizar essa disposição táctica que o FC Porto garantiu mais de 20 pontos de vantagem sobre o segundo classificado da Liga. Então, para quê mudar? As saídas de 2 habituais titulares, Bosingwa e Assunção, e a provável saída de Quaresma, parecem não ser suficientes para levar o Professor a fazer grandes revoluções no esquema táctico. Pelo que vimos nos primeiros jogos, o romeno Sapunaru e o uruguaio Cristian Rodriguez encaixam muito bem no que o FC Porto pretende, e necessita, para compensar as saídas de Bosingwa e Quaresma. A maior interrogação parece mesmo ser o homem à frente da defesa. Jogando num 4-3-3 clássico, o chamado trinco assume um papel fundamental. Terão Bolatti, Freddy Guarín, Tomás Costa ou Fernando características e potencial para fazer esquecer Paulo Assunção? Talvez sim, mas são jogadores diferentes. Aliás, Freddy Guarín demonstrou hoje frente ao Hannover que pode ser muito útil como médio interior, o moderno "box-to-box" que joga num raio alargado de terreno. O colombiano tem um impressionante porte físico e gosta de utilizar o remate de meia distância. Vai ser uma excelente alternativa a Raúl Meireles ou Lucho Gonzalez. Por isso, é muito provável que o escolhido seja um dos restantes três.
Quanto á linha defensiva, parecem haver 3 indiscutíveis: Sapunaru, Bruno Alves e Fucile. Faltará escolher um parceiro para Bruno Alves. Rolando chegou agora ao clube mas tem estado muito bem, será suficiente? Fica uma certeza: vai continuar a ser difícil marcar golos ao FC Porto!
Do meio-campo para a frente as escolhas parecem mais óbvias e consensuais. É provável que Lucho Gonzalez e Raúl Meireles mantenham a titularidade, enquanto que na frente faltará encontrar um terceiro homem para acompanhar Rodriguez e Lisandro. Mariano Gonzalez (que continua muito pesado), Tarik Sektioui e Alan lutam por uma vaga. Falta saber se a anunciada surpresa de Pinto da Costa poderá ocupar essa posição.
De qualquer forma, parece que no início de época vamos mesmo ter um FC Porto em 4-3-3, mas com o avançar da temporada não será surpreendente se Jesualdo experimentar o 4-4-2, dadas as excelentes opções que tem para o meio-campo, o sector mais forte do FC Porto nesta época.
O Professor prepara muito bem as suas equipas para disputarem campeonatos, ou seja, é um treinador que gosta de consolidar rotinas e automatismos mas que é avesso a grandes alterações ou improvisações. Tudo leva a crer que a máquina vai continuar bem oleada!

«Curiosidades FCP» - O FC Porto de Branko Stankovic

Esta foto foi captada no velhinho Estádio das Antas, no início da época 1975/76, numa altura em que o FC Porto tinha acabado de contratar outro técnico estrangeiro, Branko Stankovic, em mais uma tentativa de levar o clube ao título nacional.
O FC Porto de Stankovic (e de Monteiro da Costa) ficou num discreto 4º lugar da tabela classificativa dessa época, tendo sido derrotado 7 vezes. Na Taça de Portugal, o FC Porto ficou-se pelos Quartos-de-final, depois de ser eliminado pelo V. Guimarães, enquanto que na Taça UEFA não foi além da 3ª eliminatória, sendo afastado pelo Hamburgo.
Na foto é possível identificar alguns jogadores que, 3 anos depois, ficaríam ligados ao regresso do FC Porto à conquista do campeonato nacional: Octávio, Ademir, Oliveira (de barba!), Fernando Gomes (com uma farta cabeleira!), Simões e Murça, entre outros. Mas o maior destaque nesta foto vai para Teofilo Cubillas (na última fila, ao centro), que já não teve o privilégio, que indiscutivelmente merecia, de se sagrar campeão nacional em 1977/78, isto porque o perúano deixou o FC Porto a meio da época seguinte.
Branislav "Branko" Stankovic chegou ao FC Porto depois de orientar o Zeljeznicar, a selecção da Jugoslávia e o AEK de Atenas. Como jogador, Stankovic foi um conceituado médio centro do Estrela Vermelha de Belgrado e da selecção da Jugoslávia. Apesar das coisas não lhe terem corrido bem nas Antas (foi substituído no cargo por Monteiro da Costa antes do final da época), regressou ao Estrela Vermelha e foi finalista da Taça UEFA em 1979 (perdeu para o Borussia de Monchengladbach). "Branko" voltaría a deixar a Jugoslávia 4 anos depois para uma aventura na Turquia, primeiro no Fenerbahçe e depois no Besiktas. Terminou a carreira de treinador no final da década de 80, no seu clube do coração: o Estrela Vermelha.
Branislav Stankovic faleceu a 20 de Fevereiro de 2002, aos 80 anos, em Belgrado.

A «foto do dia» - O bilhete do Valletta - FC Porto, Taça das Taças, época 1991/92

Recuperamos a última visita do FC Porto à ilha de Malta com o bilhete da 1ª mão da 1ª eliminatória da extinta Taça dos Vencedores das Taças, época 1991/92.
O primeiro adversário do FC Porto na competição foi o Valletta FC, um dos três clubes mais populares de Malta, juntamente com os também históricos Sliema Wanderers e Floriana, que se sagrou por 19 vezes campeão de Malta e que venceu 11 Taças do seu país.
O jogo da 1ª mão da eliminatória realizou-se no Estádio Nacional, em Ta'Qali, a 19 de Setembro de 1991, e o FC Porto venceu o Valletta FC por 3-0 (Kostadinov aos 30', Timofte aos 40' e Mitharski aos 58'). Este jogo marcou a estreia em competições europeias do técnico brasileiro Carlos Alberto Silva, que chegou ao FC Porto nessa época depois de deixar o Japão e o comando técnico do Yomiuri Kawasaki, pelo qual se sagrou campeão japonês.
É curioso que, apesar das equipas de Malta sofrerem autênticas goleadas quando deixam a ilha, na 2ª mão o FC Porto venceu apenas por 1-0 (!) e com um golo marcado aos 90' (!), por Timofte. Depois do Valletta FC, seguiu-se o Tottenham na 2ª eliminatória.
Uma curiosidade: reparem que o bilhete custou apenas 3 liras maltesas, aproximadamente 7 euros!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Na Champions League jogam os melhores!

Já é oficial: o FC Porto está na Champions 2008/09! Um direito que conquistou no relvado e que outros lhe quiseram retirar na secretaria. O duelo com o Manchester United, pela primeira posição dos clubes com mais presenças na prova, parece que vai continuar. Apesar de o processo voltar agora às mãos da UEFA, é pouco provável que o organismo máximo do futebol europeu contrarie a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS). Felizmente que o TAS não é gerido pelos impacientes que em Portugal pretendiam castigar o FC Porto atropelando a própria lei. Apesar do TAS ainda não ter revelado a fundamentação da sentença, é provável que se tenha tido em conta o recurso apresentado por Pinto da Costa, para o Tribunal Administrativo, e o argumento da não aplicação de leis de forma retroactiva.
No "post" publicado no "Paixão pelo Porto", a 7 de Junho de 2008, já tínhamos alertado para o facto de alguma imprensa estar a confundir o castigo do CD da Liga com a suposta exclusão do FC Porto da Liga dos Campeões. Vamos recordar o que foi escrito nessa altura: «O castigo da UEFA é totalmente diferente da punição da Comissão Disciplinar da Liga, desde logo por ter como base uma lei que entrou em vigor depois da data a que os factos dizem respeito. Todos sabemos que nestas coisas a UEFA tem o mau hábito de utilizar normas internas à revelia do Direito comunitário. Ou seja, não seria nada surpreendente se o FC Porto vencesse o recurso a apresentar junto do Tribunal Arbitral do Desporto. Aliás, não seria a primeira vez que a UEFA via uma sua norma ser contrariada pelo Direito comunitário. É por esse motivo que o órgão máximo do futebol europeu já por diversas vezes ameaçou as Federações suas filiadas com castigos se recorressem aos tribunais civis, exactamente por temer que as suas deliberações sejam contrariadas por um Tribunal Civil. O FC Porto pode mesmo tornar-se pioneiro na luta contra a retroactividade da lei e, talvez quem sabe, vir a originar uma nova norma decretada pelo Tribunal Arbitral do Desporto à semelhança da Lei Bosman ou da Lei Webster.»
Conclusão: mesmo que a UEFA tivesse em conta a suspensão de Pinto da Costa, por uma suposta tentativa de corrupção que entretanto foi desmascarada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto (que ilibou Pinto da Costa), o TAS teria certamente anulado essa decisão por precisamente contrariar um direito comunitário: o da não aplicação de leis de forma retroactiva. A UEFA iría abrir um precedente gravíssimo se castigasse o FC Porto com base em supostos factos ocorridos em 2004, quando anteriormente não utilizou o mesmo critério em casos semelhantes.
Apesar das trapalhadas que originaram o Apito Final, o FC Porto acaba por sair deste processo de cabeça levantada e, mais importante que tudo, com a lei do seu lado. Agora, depois do futebol jogado na secretaria, é altura de voltarmos ao jogo no relvado, onde os oportunistas desta novela não se têm dado nada bem!

A «foto do dia» - A 'Télé Cable Satellite'

A decisão de hoje do Tribunal Arbitral do Desporto "convidou-nos" a recuar a uma das 13 presenças do FC Porto na Liga dos Campeões. Recuperamos a primeira página da revista francesa 'Télé Cable Satellite' de Maio de 2004. Uma edição que antecipava a Final da Liga dos Campeões (transmitida para França pela TF1), entre o Mónaco e o FC Porto, e que trouxe à capa dois dos pilares dessa equipa do Mónaco: o avançado Fernando Morientes e o técnico Didier Deschamps. Acabaram ambos por ser os maiores protagonistas do Mónaco na Final de Gelsenkirchen, isto porque Didier Deschamps resolveu surpreender com a colocação de Morientes atrás do rapidíssimo Giuly. Os franceses apresentaram-se na Final com o previsível 4-4-2 que haviam utilizado até então, mas o posicionamento de Morientes terá surpreendido o próprio Mourinho que não contava com a presença do avançado espanhol na posição 10. Nos primeiros minutos de jogo, José Mourinho não se cansou de chamar a atenção de Costinha e dos centrais, Jorge Costa e Ricardo Carvalho, para o posicionamento de Morientes, que confundia a defesa do FC Porto. O avançado espanhol obrigava um dos defesas centrais a acompanhá-lo o que abria espaços na defesa do FC Porto para as perigosíssimas diagonais de Giuly, que foi dos primeiros a criar perigo na Final. Os acertos efectuados por Mourinho e a lesão de Giuly, aos 23 minutos, trouxeram a tranquilidade que faltava à defesa do FC Porto, que acabou por acertar as marcações a Morientes e a Dado Prso (que substituiu o avançado francês). A partir daí, o FC Porto assentou o seu jogo e acabou por marcar primeiro, por Carlos Alberto aos 39', avançando definitivamente para a conquista da Champions.

«Curiosidades FCP» - Tommy Docherty, o orador

Apesar de ter ficado ligado à pior classificação de sempre do FC Porto no campeonato nacional (9º lugar na época 1969/70), o técnico escocês Tommy Docherty, que já recordámos no «cromo do dia», continua com o seu prestígio intocável em toda a Grã-Bretanha. O escocês passou pelo FC Porto num dos períodos mais difíceis da história do clube e já depois de ter orientado três históricos do futebol inglês: Chelsea, Queens Park Rangers e Aston Villa.
Depois de terminar a carreira de treinador, Docherty, ou 'The Doc' como é apelidado em Inglaterra, começou a ser requisitado por vários clubes, e outras entidades, para conferências e palestras sobre futebol. Este antigo técnico do FC Porto já editou vários livros sobre o desporto rei e sobre as suas relações com jogadores, administradores e imprensa. Hoje recordamos uma dessas publicações (em cima). "Docherty", da autoria de Brian Clarke, retrata a carreira do 'Doc', primeiro como jogador e mais tarde como treinador. O livro descreve-nos todas as etapas da sua carreira, desde o convite do Chelsea para ser jogador-treinador dos londrinos até à despedida como treinador ao serviço do Altrincham FC.
Docherty representava o típico treinador britânico, directo e honesto mas com paixão pelo jogo e pelas equipas que orientava. O escocês era adepto das grandes palestras em detrimento dos aspectos tácticos e privilegiava também os jovens jogadores a quem gostava de motivar e estimular. Depois de terminada a carreira de treinador, essa forma de actuar valeu-lhe o reconhecimento de vários clubes e empresas ligadas ao desporto britânico, que o convidam para ser orador em conferências onde apresenta os seus pontos de vista sobre o futebol moderno e o jogado no seu tempo. Docherty também é constantemente convidado por rádios, televisões e jornais para dar a sua opinião sobre a actualidade do futebol britânico.

domingo, 13 de julho de 2008

E a surpresa é...

Miccoli, Milan Baros, Pablo Aimar, Tiago, Saviola, Simão Sabrosa, Julio Cruz, Maniche,... Aceitam-se apostas! Já são vários os nomes que têm alimentado a expectativa dos adeptos depois do anúncio de Pinto da Costa que prometeu a chegada de um reforço que causaria sensação. Curiosamente, dos nomes lançados como hipóteses há poucos pontas-de-lança, precisamente o sector a reforçar depois das previsíveis saídas de Hélder Postiga, Rentería e Adriano. Ou seja, é provável que a tal surpresa seja um jogador de área e de estatuto consolidado no futebol europeu.
Se privilegiar o 4-4-2, Jesualdo vai certamente pedir um parceiro para Lisando Lopez que tenha características diferentes do ponta-de-lança argentino e do seu compatriota Ernesto Farías. Qualquer que seja a escolha, a parceria com Lisandro promete.
O desejado pelo "blogger" era o ponta-de-lança colombiano Radamel Falcão García Zárate (na foto) que actualmente representa o River Plate da Argentina mas o seu passe acabou de ser inflacionado depois de se ter falado no interesse do Real Madrid e do Manchester United. Mas é pouco provável que o colombiano seja o eleito de Pinto da Costa porque não constituiría propriamente uma surpresa e de sensacional a contratação tería muito pouco.
Esperemos é que o FC Porto não faça depender o anúncio da contratação do parecer do Tribunal Arbitral do Desporto, que na próxima Terça-feira se vai pronunciar quanto à presença do FC Porto na próxima edição da Liga dos Campeões. Como a surpresa começa a tardar...

«Curiosidades FCP» - O FC Porto no 'Makita International Tournament'

Em plena pré-época, aproveitamos para recordar a participação do FC Porto num torneio de Verão organizado pela 'International Event Partnership', multinacional que também é responsável pela organização do 'Port of Rotterdam Tournament', que o FC Porto venceu no Verão de 2007. A empresa responsável pela organização da prova está sediada em Inglaterra e organiza competições deste tipo desde 1988.
O 'Makita International Tournament' foi disputado em Londres na pré-época de 1989/90. O torneio foi assim designado porque a 'Makita', uma empresa que comercializa ferramentas industriais para todo o mundo, foi o principal patrocinador da prova desse ano. A competição disputou-se no fim-de-semana de 29 e 30 de Julho, no Estádio do Wembley. Além do FC Porto, foram convidados o Arsenal, o Liverpool e o Dynamo de Kiev. Apesar do histórico de prestações positivas do FC Porto em torneios de pré-época, nessa edição do 'Makita' o FC Porto foi derrotado nos dois jogos que efectuou no torneio. No primeiro dia, o FC Porto foi derrotado (1-0) pelo Arsenal, enquanto que o Liverpool venceu o Dynamo de Kiev por 2-0. O reencontro com o Dynamo de Kiev, depois da histórica meia-final da Taça dos Campeões Europeus de 1987, ficou marcado para o segundo dia do torneio, mas desta vez os ucranianos acabaram por vencer o FC Porto por 1-0. O Arsenal foi o vencedor da competição depois de derrotar (1-0) o Liverpool no último e decisivo encontro.

A «foto do dia» - 9 figuras dos campeões nacionais 1985/86

São nove jogadores, e todos portugueses, do plantel de 1985/86 que, sob o comando de Artur Jorge, se sagrou bi-campeão nacional. Eduardo Luís, Fernando Gomes, Lima Pereira, Frasco, Inácio, Jaime Magalhães, Zé Beto, Vermelhinho e Eurico foram todos utilizados nessa caminhada que coincidiu com o terceiro bi-campeonato da história do clube.
O guarda-redes Zé Beto disputou 11 jogos, cedendo depois o lugar a Mlynarczyc. Quanto à linha defensiva, Lima Pereira, Inácio e Eduardo Luís foram dos mais utilizados nessa época, enquanto que Eurico realizou apenas 1 jogo. Frasco foi o segudo médio mais utilizado por Artur Jorge, logo atrás de André, enquanto que Jaime Magalhães jogou apenas 8 partidas. Na linha avançada, Vermelhinho foi o segundo suplente mais utilizado, logo atrás de Juary, e Fernando Gomes foi totalista pois participou em todos os 30 jogos efectuados pelo FC Porto nesse campeonato.
Todos estes 9 jogadores se mantiveram no FC Porto na época seguinte.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Vem aí o 4-4-2?

Com a iminente saída de Ricardo Quaresma, o FC Porto 2008/09 tem todas as condições para privilegiar um novo sistema: o 4-4-2. Não é um sistema fundamental para quem quer vencer a nossa Liga mas é imprescindível para quem quer ir longe na Liga dos Campeões. Com este novo sistema, Jesualdo deixa de ter que fazer adaptações (colocar pontas-de-lança no lugar dos extremos em 4-3-3) e pode jogar com dois avançados de qualidade em simultâneo.
As contratações de Rolando, Nelson Bénitez, Tomás Costa, Freddy Guarín, Cristian Rodriguez (na foto) e Sapunaru deixam antever uma mudança de sistema já no início da época. Apesar de o actual plantel ainda possuir jogadores para as alas, é muito provável que durante grande parte da época esses jogadores sejam utilizados num 4-4-2. Cristian Rodriguez e Mariano Gonzalez, por exemplo, têm ambos cultura táctica suficiente para interpretarem os dois sistemas. Sobra Tarik Sektioui que, com a provável saída de Quaresma, será um dos sacrificados do novo 4-4-2, isto porque o marroquino é um extremo clássico e, ao contrário de Rodriguez e Mariano, tem alguma dificuldade em posicionar-se tacticamente no 4-4-2.
Raúl Meireles, Freddy Guarín, Mariano Gonzalez, Bolatti, Tomás Costa, Lucho Gonzalez e Cristian Rodriguez são todos médios interiores. Ou seja, destes 7, e se entretanto não chegar mais ninguém, Jesualdo só vai utilizar 4 no meio-campo, sendo que Lucho e Meireles parecem ter lugar garantido. Ficam 2 lugares por preencher mas soluções é que não faltam!

«Curiosidades FCP» - Cubillas e o Alianza Lima

Apesar de se ter notabilizado no FC Porto, foi no Alianza Lima (na foto) que Teófilo Cubillas cumpriu grande parte da sua carreira. Cubillas representou este histórico do futebol perúano durante 11 épocas e em 3 fases distintas: no início da carreira (de 1966 a 1972), depois de deixar o FC Porto (de 1977 a 1979) e antes da sua despedida dos relvados (de 1984 a 1988) quando regressou ao Perú depois da aventura nos Estados Unidos.
Cubillas apresenta a fantástica marca de 295 golos marcados em 440 jogos pelo Alianza Lima. A sua estreia na primeira liga do Perú deu-se com apenas 17 anos e logo na primeira época foi o melhor marcador da competição com 19 golos. Na época seguinte, o continente sul-americano ficou a conhecer o génio de Cubillas depois do perúano marcar dois golos ao Independiente da Argentina numa célebre eliminatória da Copa dos Libertadores.
Depois do sucesso no Alianza Lima, o reconhecimento internacional chegou no Mundial do México, em 1970, depois de Cubillas ajudar a sua seleccção a atingir os Quartos-de-final da prova. No final da competição, questionaram Pelé sobre a sua disponibilidade para jogar mais um Mundial, ao que o nº 10 brasileiro respondeu: "Julgo que não, mas não se preocupem porque já tenho um sucessor: Cubillas!" É curioso que, dois anos depois, em 1972, Cubillas foi eleito o melhor jogador sul-americano, relegando Pelé para o segundo lugar. Depois desse troféu, seguiu-se a conquista da Copa América com o Perú, em 1975, e novamente os Quartos-de-final do Mundial, em 1978 na Argentina.
Actualmente, Cubillas ainda é o nº 10 que mais golos apontou em mundiais de futebol, superando os melhores registos dos clássicos nº 10: Maradona, Cruyff, Zico, Zidane e Platini, entre outros. Apesar de no início da década de 70 ser um jogador muito cobiçado, Cubillas só deixou o Alianza Lima em 1973 e para jogar num clube modesto, o FC Basel da Suiça. Contudo, a experiência na Suiça não correu bem e, seis meses depois, Teófilo Juan Cubillas Arizaga mudou-se para o FC Porto!

A «foto do dia» - 2 gerações, 4 avançados

Esta foto traz-nos à memória os mais de 300 golos marcados ao serviço do FC Porto por estes 4 jogadores: Kostadinov, Rui Barros, Fernando Gomes e Rabah Madjer.
Apesar de Gomes, com 288 golos, superar o somatório de golos marcados pelos outros três avançados, os quatro acabaram por marcar duas gerações no FC Porto: no antes e no após Viena.
Apesar de Gomes e Madjer terem permanecido no FC Porto após a Final da Taça dos Campeões Europeus de 1987, essa conquista marcou o final de uma geração e o início de outra, o que se reflecte também na idade dos 4 avançados. Actualmente, os mais velhos, Fernando Gomes e Madjer, têm, respectivamente, 51 e 50 anos, enquanto que os mais novos, Kostadinov e Rui Barros, têm, respectivamente, 40 e 42 anos. Apesar de terem representado o FC Porto em períodos distintos, houve dois deles que tiveram a oportunidade, e o privilégio, de jogar ao lado dos outros três: Madjer e Rui Barros!
Inicialmente, Madjer partilhou o ataque do FC Porto com Fernando Gomes e Paulo Futre, tendo encontrado Rui Barros no ano imediatamente a seguir à conquista da Taça dos Campeões Europeus. Com Kostadinov, que nessa altura era utilizado a extremo-direito, o argelino cruzou-se quando regressou de Valência, depois de uma passagem de apenas 6 meses pelo clube espanhol.
Quanto a Rui Barros, encontrou Gomes e Madjer quando chegou ao clube, na época 1987/88, vindo do Varzim e teve oportunidade de jogar ao lado de Kostadinov quando regressou de Marselha, em 1994. 2 gerações, 4 craques!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Ilibado mas pouco!

O Tribunal de Instrução Criminal do Porto ilibou Pinto da Costa, mas essa decisão parece não ser suficiente para garantir ao FC Porto, e ao seu Presidente, um parecer favorável da UEFA na admissão do FC Porto na próxima Liga dos Campeões. Isto porque houve pelo menos um conselheiro do CJ, João Abreu, que não terá considerado a decisão do tribunal suficientemente válida de forma a alterar o seu sentido de voto na reunião do Conselho de Justiça da Federação, realizada na passada Sexta-feira. Ou seja, enquanto que o Juiz ilibou Pinto da Costa, pelo menos um vogal do CJ parece querer manter-lhe o castigo (suspensão de 2 anos). Talvez tenha sido por este motivo que Pinto da Costa, colocando em causa a idoneidade de um dos vogais, solicitou o afastamento do conselheiro João Abreu. É que o voto deste conselheiro fez toda a diferença na votação final. Sem o voto de João Abreu teríamos 3 votos contra e 3 votos a favor mas, perante este cenário, a votação acabaría por ser favorável a Pinto da Costa devido ao voto de qualidade do Presidente do CJ, que era favorável à anulação do castigo. Falta saber se o Presidente do CJ tem poderes para solicitar o impedimento de um dos vogais mediante a solicitação de uma das partes interessadas.
Curioso é o facto de alguns comentadores colocarem em causa a seriedade do Presidente e do Vice-Presidente do CJ e não terem as mesmas dúvidas perante o comportamento dos vogais, isto depois do tribunal já ter ilibado Pinto da Costa e de ter considerado que a principal testemunha do processo, Carolina Salgado, prestou falsos depoimentos.
Apesar de caber agora aos tribunais validar ou não as deliberações do CJ da FPF, a acta que foi enviada aos clubes e à Liga, e que será também enviada à UEFA, diz respeito às deliberações tomadas nas duas fases da reunião do CJ, o que pode prejudicar o FC Porto caso a UEFA valide a decisão dos vogais. Conclusão: o FC Porto acabou por ficar refém da vontade de dois ou três conselheiros do CJ que não quiseram ter em conta o facto de Pinto da Costa já ter sido ilibado pelo tribunal, ou seja, a presença do FC Porto na próxima edição da Liga dos Campeões ficou condicionada aos caprichos destes fantoches*!
*boneco de corpo articulado, movido por cordéis ou pela mão de pessoa que se não vê;

O «cromo do dia» - Simões

Fonseca, Gabriel, Simões, Freitas e Murça. Cinco jogadores que os portistas se habituaram a recordar da fantástica defesa (guarda-redes incluído) que mais jogos efectuou pelo FC Porto no célebre campeonato nacional de 1977/78, que marcou o regresso do FC Porto à conquista do título. Dos cinco, já recordámos o guarda-redes Fonseca, o defesa-direito Gabriel e o defesa-esquerdo Murça. Hoje recordamos um dos dois defesas centrais mais utilizados nessa época, Carlos Simões.
Carlos António Fonseca Simões nasceu em Coimbra a 28 de Julho de 1951. Estreou-se na 1ª Divisão pela Académica, onde jogou nas camadas jovens, e chegou ao FC Porto na época 1974/75, mantendo-se nas Antas durante 9 temporadas. Simões é um dos ícones da equipa de Pedroto que venceu dois títulos consecutivos no final da década de 70 (em 77/78 e 78/79). Nessas duas épocas, formou com Freitas (e mais tarde com Adelino Teixeira) uma dupla de centrais que se complementava na perfeição: ao estilo mais viril e autoritário de Freitas respondia Simões com discrição e eficiência. Simões foi, ao lado de Fonseca, Freitas, Murça, Rodolfo, Duda, Gomes e Oliveira, um dos mais utilizados na conquista desse bicampeonato. Na primeira época (77/78) realizou 27 jogos e na segunda (78/79) foi utilizado 22 vezes pelo técnico José Maria Pedroto.
Deixaría o FC Porto em 1983, com 32 anos, para ingressar no Portimonense (de Skoda e Cadorin, entre outros), tendo oportunidade de jogar durante mais algumas épocas na 1ª Divisão.
Em final de carreira ainda regressou à Académica para uma última época no clube da cidade que o viu nascer. Além de ter representado dois históricos do futebol português, Simões também foi internacional por Portugal em 13 ocasiões.
Uma curiosidade: depois de terminada a carreira, Simões continuou ligado ao Desporto, pois ainda foi a tempo de tirar o curso de fisioterapia, que exerceu.

A «foto do dia» - O bilhete do Anderlecht-FC Porto, pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões, época 2000/01

Hoje recuperamos a primeira e única eliminação do FC Porto em pré-eliminatórias de acesso à Liga dos Campeões. Foi na época 2000/01 que o FC Porto, de Fernando Santos, foi impedido pelo Anderlecht de chegar à fase de grupos da Champions.
O bilhete diz respeito ao jogo da 1ª mão, disputado a 9 de Agosto de 2000 no Estádio Constant Vanden Stock, em Bruxelas. O Anderlecht, de De Wilde, Stoica, Bart Goor, Radzinski, Aruna Dindane e Jan Koller, entre outros, venceu o FC Porto por 1-0 (golo de Koller aos 37') e garantiu uma vantagem que se revelaria fundamental para aceder à fase de grupos da competição. Além da derrota, esse jogou também ficou marcado pela grave lesão de Silvio Maric que, depois de marcar um golo mal invalidado pelo árbitro, acabou por chocar com um adversário e lesionar-se com gravidade nos ligamentos do joelho. Esse lance acabou por marcar a eliminatória, ou seja, na mesma jogada o FC Porto ficou privado de Silvio Maric e viu o árbitro anular-lhe um golo legal!
Depois de derrotado em Bruxelas, o FC Porto tudo fez para dar a volta à eliminatória mas, nas Antas, a 23 de Agosto de 2000, não foi além de um empate (0-0), seguindo os belgas para a fase de grupos.
Apesar de partilhar com o Manchester United o maior número de presenças na prova, nesse ano o FC Porto ficou de fora da Champions e foi reencaminhado para a Taça UEFA, vindo a atingir os Quartos-de-final da competição.

domingo, 6 de julho de 2008

As trapalhadas dos vogais do CJ

Depois do Tribunal de Instrução Criminal do Porto ter ilibado Pinto da Costa, e ter considerado falso o testemunho de Carolina Salgado, os 5 vogais que actualmente fazem parte do CJ da FPF resolveram, à revelia do seu Presidente, manter a suspensão de 2 anos aplicada ao Presidente do FC Porto.
Actualmente, o Conselho de Justiça da FPF é constituído por um Presidente, um Vice-Presidente e cinco Vogais, todos licenciados em Direito. Ou seja, os 5 vogais tomaram uma pretensa decisão sem consultarem quem lhes precede hierarquicamente, o Vice-presidente e o Presidente do CJ. O espanto é maior quando se ficou a saber que a reunião do CJ terá terminado às 18h de Sexta-feira sem qualquer decisão tomada, estando os vogais, que permaneciam à uma da manhã na sede da FPF, apenas a conversar. O próprio Presidente do CJ, António Gonçalves Pereira, considerou o acto um «encontro informal de pessoas»! Ou seja, podemos concluir que a lucidez dos 5 vogais não seria a melhor depois da ingestão de líquidos durante o jantar. De qualquer forma, o estado ébrio dos conselheiros não justifica tudo. É que os cinco, além de terem deliberado manter os castigos do Boavista e de Pinto da Costa, ainda resolveram suspender o próprio Presidente do CJ por considerarem nula a decisão de encerramento dos trabalhos. Inédito!
Os 5 vogais do CJ parecem sofrer da mesma inquietação da Procuradora Maria José Morgado: a ansiedade em castigar o FC Porto! Contudo, a impaciência dos 5 conselheiros do CJ não visa combater o sub-mundo do futebol (a obsessão de Maria José Morgado) mas apenas dar legitimidade ao oportunismo de terceiros numa eventual entrada na Liga dos Campeões através da secretaria.

«Curiosidades FCP» - A revista «Stadium» de 20 de Julho de 1932

Na edição de 20 de Julho de 1932, da «revista portuguesa de todos os sports», foi dado destaque à Finalíssima do Campeonato de Portugal, entre o FC Porto e o Belenenses. Na foto de 1ª página da «Stadium» é visível o mítico guarda-redes do FC Porto, Mihaly Siska, a interceptar uma bola perante Augusto Silva, do Belenenses.
O Campeonato de Portugal disputou-se entre 1921 e 1938, e foi a competição que antecedeu a Taça de Portugal. Nesta edição da prova, FC Porto e Belenenses empataram (4-4) na Final, havendo necessidade de ser diputado um segundo jogo para se apurar o vencedor da competição. A Finalíssima disputou-se em Coimbra, no Campo do Arnado, a 17 de Julho de 1932. Ou seja, a revista «Stadium» fez o rescaldo dessa partida 3 dias depois! Apesar de nessa altura ainda não haver jornais desportivos diários, a revista «Stadium» era considerada a bíblia do futebol nacional (reparem que a «Stadium» tinha um preço de capa de apenas 1 escudo!).
Quanto à Finalíssima, o FC Porto de Siska, Valdemar Mota, Acácio Mesquita e Pinga, entre outros, venceu o Belenenses por 2-1 (Pinga de gp, Acácio Mesquita e Bernardo) e conquistou a 11ª edição do Campeonato de Portugal.

A «foto do dia» - O programa oficial do FC Porto - Real Madrid, Liga dos Campeões 1997/98

Recuamos à época 1997/98 com a capa do programa oficial do FC Porto - Real Madrid, relativo à 2ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA. A ilustrar a capa do programa encontramos uma foto da época anterior (1996/97) quando o FC Porto garantiu a conquista do tricampeonato em Guimarães, no Estádio D. Afonso Henriques. Nesse jogo, o FC Porto venceu o Vitória por 4-0 e garantiu matematicamente a conquista do seu 16º título. Na foto, Sérgio Conceição, Jardel, Zahovic e Artur festejam a conquista do tri junto ao sector do estádio onde se encontravam os adeptos do FC Porto.
Quanto ao jogo da Champions, disputou-se no Estádio das Antas a 1 de Outubro de 1997 e o Real Madrid venceu o FC Porto por 2-0, com golos de Hierro, aos 14', e de Raúl, aos 78'. Nessa edição da Liga dos Campeões, o FC Porto, de António Oliveira, ficou colocado no Grupo D, juntamente com Real Madrid, Rosenborg e Olympiakos. O Real Madrid, de Jupp Heynckes, acabaría por vencer a competição depois de derrotar a Juventus na Final por 1-0, com um golo de Mijatovic.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Chegou a vez da Colômbia?

Depois de se abastecer na Argentina e no Uruguai, o FC Porto parece disposto a avançar mais para norte da América do Sul de forma a garantir dois reforços internacionais colombianos: Freddy Guarín e Radamel Falcão García Zárate.
O primeiro (em baixo na foto) é um médio defensivo, que também pode jogar como médio centro ou sobre a direita, de 22 anos e que joga actualmente no Saint Etienne da Liga francesa.
Guarín representou a selecção da Colômbia em todas as camadas jovens e representa o clube francês desde Agosto de 2006.
Quanto a Falcão (em cima), também completou este ano 22 anos e joga actualmente no River Plate da Argentina. Na última época, este ponta-de-lança colombiano marcou 19 golos em 35 jogos pelo River. Actualmente, Falcão (ou El Tigre como é apelidado na Argentina) é uma das maiores esperanças do futebol sul-americano, tendo chegado ao River Plate em 2001 vindo das camadas jovens do ‘Los Millonarios’ da Colômbia.
Vamos lá ver se o FC Porto tem argumentos para convencer o River Plate a libertar 'El Tigre'. Depois de num passado recente o FC Porto ter recorrido ao filão brasileiro (Pepe, Diego, Carlos Alberto, Paulo Assunção, Ibson, Luís Fabiano, Derlei, Helton, Anderson, Jorginho,...etc) e durante a década de 90 ter privilegiado jogadores de leste (Kostadinov, Timofte, Drulovic, Iuran, Kulkov, Lipcsei, Mielcarski, Zahovic, Féher,...etc), chegou a hora do mercado sul-americano. Com a chegada de Nelson Benítez e de Tomás Costa, o numero de sul-americanos continua a aumentar. Não foi por acaso que no ano anterior Lisandro Lopez os apelidou de ‘grupo dos castelhanos’. Além disso, se acrescentarmos a este grupo os brasileiros e os dois colômbianos pretendidos pelo FC Porto, na próxima época mais de metade do plantel será constituído por jogadores oriundos da América do Sul.

«Curiosidades FCP» - A Volta de 1949

Como a edição de 2008 da Volta a Portugal está aí à porta, aproveitamos para mais uma vez recordar a tradição que o FC Porto possui na modalidade. Recuperamos uma foto dos três primeiros classificados da Volta a Portugal de 1949, todos eles ciclistas do FC Porto: Joaquim Moreira de Sá, Dias dos Santos (com a camisola amarela) e Attilio Lambertini.
Além de ter vencido colectivamente, o FC Porto também monopolizou o pódio da 14ª Volta a Portugal em bicicleta. Nessa edição, o FC Porto só não venceu o Prémio da Montanha, que ficou com João Rebelo, do Benfica.
Depois deste triunfo, Dias dos Santos voltaría a vencer a prova raínha do ciclismo português em 1950.
Nessa altura, a prova era muito mais dura do que nos dias de hoje, já que a competição durava 3 semanas e chegava a quase todas as regiões do país.

A «foto do dia» - FC Porto 1985/86

Hoje recuperamos um «onze» do FC Porto relativo ao campeonato nacional de 1985/86. Nessa época, o FC Porto foi campeão nacional com dois pontos de vantagem sobre o Benfica e nas Antas consentiu apenas um empate (1-1), frente ao Boavista. Depois de assegurar a continuidade dos jogadores que garantiram o título na época anterior, o FC Porto ainda se reforçou com Mlynarczyc, Madjer, Elói e Juary.
João Pinto, Celso, Lima Pereira, Inácio, Frasco, André, Madjer, Futre e Gomes foram os mais utilizados por Artur Jorge nessa época e o trio Futre-Gomes-Madjer foi responsável por 38 golos, mais de metade dos golos obtidos pelo FC Porto nesse campeonato. Destaque também neste «onze» para o brasileiro Elói que chegou ao FC Porto nessa época vindo do Génova de Itália. Elói representou o FC Porto durante duas épocas mas, apesar de constar neste «onze», acabou por não ser muito utilizado por Artur Jorge.
Em cima: Lima Pereira, Mlynarczyc, Celso, Eduardo Luís, Jaime Magalhães e Inácio;
Em baixo: André, Fernando Gomes, Elói, Madjer e Paulo Futre;