terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fomos um barco à deriva!

A vontade de comentar o jogo não é muita. Foi um FC Porto triste, sem chama, resignado e sem personalidade. Um FC Porto submisso!
Depois das fraquinhas exibições das últimas semanas até se adivinhava a derrota frente ao Arsenal. Com o que não contávamos era com o baixar dos braços por parte dos jogadores do FC Porto. Em vez de lutar, o FC Porto prestou vassalagem ao carrosel dos ingleses. E pensar que até podíamos ter marcado primeiro! Mas se assim fosse, sería apenas um balão de oxigénio porque os 'gunners' estiveram de facto muito fortes. Futebol total do Arsenal!
Apesar de na primeira parte o FC Porto ter dividido o jogo em oportunidades de golo, o Arsenal pareceu sempre mais forte. Bastava um esticão do possuído Theo Walcott para a defesa do FC Porto ruir. Apesar da falta de experiência europeia de mais de metade da equipa (7 jogadores fizeram hoje apenas o segundo jogo na Champions), pedia-se mais nervo e menos descrença.
Quanto à segunda-parte, foi um pesadelo. Final confrangedor! Sem comentários!
Contudo, veio uma boa notícia de Istambul: Fenerbahçe e Dynamo de Kiev empataram. Sendo assim, o FC Porto fica em segundo lugar do grupo e recebe os ucranianos na próxima jornada. Se FC Porto e Arsenal vencerem, cava-se uma diferença entre os actuais dois primeiros classificados do grupo e os outros. A próxima jornada será fundamental para o FC Porto. É importantíssimo vencer o Dynamo!

«Curiosidades FCP» - A primeira vitória na Taça das Taças de Hóquei em Patins

Deixamos o universo do futebol para voltarmos a elogiar a fantástica secção de Hóquei em Patins do FC Porto, que no fim-de-semana passado conquistou pela 16ª vez na sua história a Supertaça António Livramento, em Ponte de Lima, após a vitória sobre o Hóquei Clube de Braga, por 6-2.
Hoje recuperamos o primeiro troféu conquistado pelo FC Porto na modalidade. Foi apenas há 26 anos atrás, ou seja, desde aí que o FC Porto não parou de coleccionar títulos numa das modalidades de pavilhão que mais paixão desperta nos países latinos.
Tudo começou na época 1981/82, com a jovem equipa comandada por Vladimiro Brandão a bater o Sporting, na Final da Taça das Taças, e a garantir o primeiro título internacional da história do clube. É curioso que o FC Porto iniciou as conquistas internacionais antes mesmo de vencer qualquer troféu no nosso país (sería campeão nacional no ano seguinte).
Na foto, vemos o capitão António Vale (Cristiano Pereira é o primeiro a contar da direita) a exibir o troféu depois de o FC Porto vencer o Sporting na final a duas mãos. Além dos experientes António Vale e Cristiano Pereira, esse plantel do FC Porto já era composto por alguns jovens que mais tarde seriam fundamentais na conquista da Taça dos Campeões Europeus de Hóquei em Patins, como Vítor Hugo, Vítor Bruno, António Alves e Domingos, entre outros.
Na brilhante caminhada da Taça das Taças, em 1982, o FC Porto começou por eliminar o Cibeles Oviedo. Os espanhóis eram um dos favoritos a vencer a prova, juntamente com o Sporting, o FC Porto e os italianos do Bassano. Depois de vencer nas Antas por 9-1, o FC Porto foi derrotado em Oviedo por apenas um golo de diferença (12-11) e avançou para a fase seguinte. O sorteio das meias-finais ditou o confronto com os alemães do Cronenberg (na outra meia-final: Sporting-Montreux). Apesar de ter sido surpreendido na Alemanha com uma derrota por 2-1, o FC Porto esmagou os alemães nas Antas por 14-2 e apurou-se para a sua primeira final europeia.
A fantástica atmosfera vivida em noites europeias no pavilhão Américo de Sá voltou a fazer-se sentir na goleada de 13-4 imposta ao Sporting. Apesar de derrotado em Lisboa por 8-7, o hóquei do FC Porto garantia o primeiro troféu internacional da história do clube. Depois dessa primeira conquista, o FC Porto venceu duas Taças dos Campeões Europeus, duas Taças CERS e mais uma Taça das Taças.

domingo, 28 de setembro de 2008

As complicadas visitas a Inglaterra

Com a visita a Londres agendada para a próxima Terça-feira, recuperamos algumas estatísticas associadas a visitas do FC Porto a solo inglês, relativas a jogos da Liga dos Campeões. Há desde logo um facto negativo: o FC Porto nunca venceu em Inglaterra em jogos da Champions. Apesar de já ter defrontado os 'fab four' da Premier League (Chelsea, Arsenal, Manchester United e Liverpool), o máximo que o FC Porto conseguiu conquistar foi um empate no célebre confronto com o Manchester United, em Old Trafford, relativo aos Oitavos-de-final da Liga dos Campeões 2003/04. Em todos os outros confrontos o FC Porto saiu derrotado e marcou apenas 4 golos nessas visitas a Inglaterra.
É curioso que os ingleses também não se têm dado nada bem quando visitam a Invicta. Ou seja, não há muito a temer no duplo confronto com o Arsenal, isto porque o FC Porto ainda não perdeu sempre que foi visitado por equipas inglesas em jogos da Liga dos Campeões. Depois de vencermos o Manchester United, em 2003/04, e o Chelsea, em 2004/05, ambos por 2-1, ficam a faltar as vitórias sobre o Arsenal e sobre o Liverpool para garantirmos 4 vitórias sobre os 4 grandes ingleses. Contudo, as visitas a Londres não têm sido nada fáceis para o FC Porto. Das 3 vezes que se deslocou à capital inglesa, o FC Porto saiu sempre derrotado e com um 'goal average' desfavorável de 2-7. A primeira visita a Stamford Bridge deu-se na época 2004/05 e o FC Porto de Victor Fernandez foi derrotado por 3-1 (Smertin aos 7', Drogba aos 50', McCarthy aos 68' e John Terry aos 70'). As outras duas visitas a Londres aconteceram na mesma época, em 2006/07. Depois de defrontar o Arsenal na fase de grupos, o FC Porto de Jesualdo Ferreira cruzou-se com o Chelsea nos Oitavos-de-final da prova. Na visita ao Emirates Stadium, o FC Porto foi derrotado por 2-0 (Thierry Henry aos 38' e Hleb aos 48'), enquanto que na 2ª mão dos Oitavos-de-final voltou a perder em Stamford Bridge, desta vez por 2-1 (Quaresma aos 15', Robben aos 48' e Ballack aos 79').
Com dois pontos de vantagem sobre o Arsenal, na actual edição da Champions, e com a estatística desfavorável nas visitas a Londres, o FC Porto pode abordar o jogo de Terça-feira sem qualquer pressão e, quem sabe, voltar a pontuar em Inglaterra depois daquele empate em Old Trafford conquistado no último minuto de jogo!

sábado, 27 de setembro de 2008

Deu para regressar às vitórias!

Não foi empolgante mas foi um FC Porto suficientemente profissional para fazer esquecer o desleixo de Vila do Conde. Ao contrário do que aconteceu frente ao Rio Ave, o FC Porto entrou muito bem no jogo de hoje e foi uma equipa pressionante e agressiva durante grande parte do primeiro tempo. Apesar do Paços de Ferreira não ser o adversário ideal para testar o actual momento do campeão, já deu para ver outra atitude do FC Porto na abordagem ao jogo.
Com duas deslocações importantes agendadas para a próxima semana, Jesualdo optou por fazer algumas alterações no «onze» que não chegaram a colocar em causa a fluidez do jogo do FC Porto. Sem 'El Comandante', foi Raul Meireles a assumir a função de alargar o jogo do FC Porto a todo o campo. Além de ter corrido quilómetros, ainda marcou um golo e ofereceu outro. Grande exibição do 'Homem Tatuagem'!
Cristian Rodriguez e Fernando foram outros dos destaques no jogo de hoje. Apesar de menos esclarecido do que Meireles, o uruguaio criou muitas dificuldades à defesa do Paços com os esticões que por vezes dava no jogo. Quanto ao trinco brasileiro, está cada vez mais parecido com Paulo Assunção. Fortíssimo na antecipação e sempre a jogar simples!
Com o sector defensivo do FC Porto a jogar muito concentrado, foi difícil ao Paços chegar perto da baliza de Helton. Como Lino foi titular no lado esquerdo da defesa, fica agora a dúvida sobre o lateral a ser escolhido para o jogo frente ao Arsenal. Apesar do brasileiro se ter apresentado muito confiante, Fucile continua a ser mais consistente defensivamente. Fica ainda outra dúvida para Londres: Jesualdo vai optar pelo mesmo esquema da Luz, com Tomás Costa descaído sobre a direita, ou vai jogar com o clássico 4-3-3? Com a deficiente condição física de Tarik Sektioui e o mau momento de Mariano Gonzalez, é provável que o Professor opte por um meio-campo com Fernando, Meireles, Lucho e Tomás Costa.
Depois do tranquilo regresso ás vitórias, o FC Porto prepara-se para uma semana que vai revelar o que vale de facto o campeão neste momento. Apesar de partir em vantagem em relação ao Arsenal (tem mais 2 pontos que os ingleses), o FC Porto pode chegar a Alvalade com 4 pontos de desvantagem em relação ao Sporting. Haverá por isso grande curiosidade na forma como o FC Porto vai abordar os dois jogos, principalmente o de Lisboa.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

«Curiosidades FCP» - O fundo para aquisição de Cubillas

Apesar de ter causado sensação e alguma supresa, a contratação do perúano Teofillo Cubillas, em Dezembro de 1973, não saiu nada barata aos cofres do FC Porto. O nº 10 da Selecção do Perú custou 6 325 contos, uma pequena fortuna para a época.
Para adquirir Cubillas, além das quantias cedidas por empresários e por um grupo de sócios do FC Porto, foi também constituído um fundo com o objectivo de reunir a quantia exigida pelo Basileia para libertar o jogador. A aquisição do perúano acabou por mobilizar um grande número de sócios e adeptos do FC Porto, que se disponibilizaram a pagar ao clube determinada quantia para ajudar a adquirir a estrela da Selecção do Perú.
Recuperamos um desses pagamentos através de uma espécie de recibo que comprova o pagamento efectuado por um sócio do FC Porto que disponibilizou 100$! No documento pode ler-se: «Paguei ao Futebol Clube do Porto a quantia de cem escudos».
Além de ter custado uma fortuna, Cubillas também exigiu um vencimento compatível com o seu potencial. O perúano veio ganhar aproximadamente 125 contos mensais, quase o triplo do salário que nessa altura auferia um jogador de top na liga portuguesa. Só para se ter uma ideia do elevado vencimento do jogador, refira-se que Pavão, nessa altura o jogador do FC Porto mais bem remunerado, recebia apenas 50 contos por mês!
Depois do esforço despendido na aquisição do jogador, foi com naturalidade que no dia 4 de Dezembro de 1973 se reuniu uma autêntica multidão na Avenida dos Aliados, junto à sede do FC Porto, para receber o perúano.
Apesar da pequena fortuna gasta na contratação de Cubillas, o FC Porto só ficou a ganhar com a aquisição do jogador. Além de ter trazido projecção e reconhecimento ao clube, Cubillas também permitiu ao FC Porto encaixar uma quantia considerável com a sua venda. Jorge Vieira, um dos homens responsáveis pela sua contratação, confirmou que o perúano ainda deu lucro ao FC Porto aquando da sua saída: “Cubillas acabou por ser vendido por mais 780 contos do que custou e levou para os cofres do clube milhares de contos, não será exagero afirmá-lo. Houve uma subscrição pública e um jogo de apresentação que renderam 1200 contos, houve outros jogos com equipas nacionais e internacionais, e com tudo isso somado pode dizer-se que Cubillas ficou de graça ao FC Porto. Nesses três anos, Cubillas terá recebido 4700 contos e não é caricato dizer que muito mais que isso recebeu o FC Porto graças a Cubillas".

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A «foto do dia» - O bilhete do Bayern de Munique - FC Porto, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1990/91

Recuamos à última participação do FC Porto na extinta Taça dos Clubes Campeões Europeus com o bilhete do Bayern-FC Porto, relativo à 1ª mão dos Quartos-de-final da prova. Antes de defrontar o Bayern, o FC Porto eliminou o Portadown, da Irlanda do Norte, e o Dínamo de Bucareste, da Roménia. Quanto aos alemães, deixaram pelo caminho o Apoel, do Chipre, e o CSKA de Sofia, da Bulgária.
O sorteio dos Quartos-de-final realizou-se sem quaisquer condicionalismos, isto depois de nas duas primeiras rondas os cabeças de série terem sido poupados a confrontos entre si. Ditou o sorteio que os únicos ex-campeões da Europa a cruzarem-se nos Quartos-de-final seriam o FC Porto e o Bayern de Munique. Os alemães eram orientados por Jupp Heynckes e no seu plantel constavam alguns nomes que ficaram ligados à história recente do clube, como Klaus Augenthaler, Stefan Reuter, Roland Wohlfarth, Stefan Effenberg e Christian Ziege, entre outros.
Estrela Vermelha-Dynamo de Dresden, Spartak de Moscovo-Real Madrid e AC Milan-Marselha foram os outros confrontos dos Quartos-de-final.
Na 1ª mão, disputada no Estádio Olímpico de Munique a 6 de Março de 1991, o FC Porto alcançou um empate (1-1) que lhe abría excelentes perspectivas para a 2ª mão da eliminatória. O Bayern marcou primeiro, por Bender, aos 31 minutos, e o FC Porto igualou aos 65', por Domingos, depois de um fantástico cruzamento de Kostadinov. Depois de sobreviver ao sufoco do primeiro tempo, período durante o qual os alemães desperdiçaram alguns golos, o FC Porto conseguiu igualar o jogo numa segunda parte bem mais equilibrada.
Após o auspicioso resultado da 1ª mão, e das boas memórias da Final de Viena, disputada 4 anos antes, foi com alguma surpresa que o FC Porto claudicou no jogo da 2ª mão. Os alemães venceram nas Antas por 2-0 (Ziege aos 19' e Bender aos 71') e avançaram para as meias-finais. Depois de eliminar o FC Porto, o Bayern sería afastado da competição pelo campeão da Europa dessa época, o Estrela Vermelha (de Prosinecki, Mihajlovic, Savicevic e Pancev, entre outros).

domingo, 21 de setembro de 2008

Pior é impossível!

Só há uma palavra para descrever a exibição de hoje do FC Porto: horrível!
Hoje tería sido importante vencer. Com o jogo frente ao Paços de Ferreira agendado para a próxima Sexta-feira, era fundamental garantir hoje 3 pontos de forma a poder assegurar (provisoriamente?) a liderança do campeonato na próxima Sexta-feira, em caso de vitória frente ao Paços, e colocar ainda mais tensão no clássico do próximo Sábado, entre Benfica e Sporting. Assim não foi. Mas nem podería ter sido de outra forma depois da pior exibição desde a pré-época. Além de ter jogado mal, o FC Porto ainda deu 60 minutos de avanço. Durante a primeira hora de jogo o FC Porto jogou a passo e sem qualquer alegria. A equipa parecia cansada e desinteressada do próprio jogo, mas o esforço de Quarta-feira não pode justificar tudo.
Além de Jesualdo necessitar de rever a atitude da equipa perante o jogo, e perante o adversário, tem que reflectir sobre algumas opções que continua a tomar. Apesar de ser ingrato fazer destaques individuais depois de uma péssima exibição colectiva, a insistência de Jesualdo na titularidade de Mariano Gonzalez começa a parecer mais um capricho do treinador do que um voto de confiança no jogador. Não se compreende a obsessão do Professor pelo extremo argentino. Só se pede coerência ao treinador do FC Porto. Devem jogar os melhores!
"Houve um penálti claro", comentou Jesualdo no final. Mas depois de uma exibição tão pobre, onde vamos buscar legitimidade para criticar o trabalho do árbitro?
Esperemos que, a exemplo de outras épocas, esta tenha sido a má exibição que marcou o acordar do campeão e o mobilizar das tropas.

«Curiosidades FCP» - A «Schalker Kreisel» de Novembro de 1976

Apesar de se terem cruzado recentemente na Liga dos Campeões, o Schalke 04 e o FC Porto já se tinham defrontado anteriormente nas competições europeias. Foi na época 1976/77 que os dois clubes se encontraram na 1ª eliminatória da Taça UEFA.
Recuperamos essa eliminatória com uma edição de Novembro de 1976 da revista oficial do clube alemão, a «Schalker Kreisel». Esta publicação ainda hoje é editada e continua a acompanhar o dia-a-dia deste histórico clube alemão.
A revista deve o seu nome ao estilo de jogo da equipa que, nos anos 20, foi baptizado de «Schalker Kreisel» (Pião do Schalke) devido ao tipo de futebol que os alemães praticavam. A imprensa descrevia-o como um estilo fantasioso de constantes trocas de bola e que deixava os adversários tontos (!), daí a expressão 'Pião do Schalke'.
Ernst Kuzorra e Fritz Szepan, duas estrelas do futebol alemão, foram os maiores protagonistas deste célebre estilo de jogo que caracterizou o futebol do Schalke 04 durante os anos 20. Esse foi o início do período de glórias do clube, que conquistou seis títulos alemães entre 1934 e 1942.
Nesta edição da «Schalker Kreisel» (em cima), o destaque foi um jogo da edição de 1976/77 da Taça UEFA, entre o FC Porto e o Scahlke 04.
A 1ª mão da eliminatória foi disputada a 15 de Novembro de 1976, em Lisboa, e o FC Porto conseguiu alcançar um empate (2-2) depois de os alemães se adiantarem no marcador com dois golos de Fischer, aos 37' e aos 44'. No segundo tempo, o FC Porto conseguiu igualar o jogo, com golos de Rodolfo (aos 47') e de Cubillas (aos 66'), e adiar tudo para a 2ª mão.
A 2ª mão começou exactamente ao contrário da 1ª, ou seja, foi o FC Porto que marcou primeiro com dois golos de Oliveira (aos 51' e aos 69'), tendo os alemães respondido com 3 golos de rajada que colocaram o FC Porto fora da UEFA! Os alemães marcaram por Fichtel, aos 74', por Abramczik, aos 86', e por Fischer, aos 88'. Um final dramático para o FC Porto que, aparentemente, tinha a eliminatória completamente controlada. O FC Porto permitiu que os alemães dessem a volta ao jogo, e à eliminatória, depois de marcarem 3 golos nos últimos 15 minutos de jogo. Incrível!
Depois de ultrapassar o FC Porto, o Schalke acabaría por ser eliminado no Oitavos-de-final da prova, pelo Molenbeek (Bélgica).
Quanto à «Schalker Kreisel» (em cima, uma capa dos anos 80), tem sofrido algumas remodelações no seu grafismo mas continua a sair para as bancas e a acompanhar o dia-a-dia do Schalke 04.

A «foto do dia» - FC Porto 1992/93

Hoje recuperamos uma foto dos campeões nacionais 1992/93. O bicampeonato foi conquistado sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Silva. Depois de na época anterior ter vencido o campeonato nacional com 10 pontos de vantagem sobre o Benfica, que foi segundo classificado, o FC Porto de CAS voltou a ser primeiro em 1992/93, mas desta vez com apenas dois pontos de vantagem sobre o Benfica de Sven-Göran Eriksson. Nessa época, o FC Porto foi campeão nacional com apenas 11 golos sofridos, num campeonato disputado por 18 clubes.
Nas competições europeias, o FC Porto atingiu a fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de eliminar o Union do Luxemburgo e o Sion (Suiça), mas foi apenas 3º classificado num grupo constituído ainda por AC Milan, Gotemburgo e PSV Eindhoven.
Na Taça de Portugal, o FC Porto também não foi longe, sendo eliminado pelo Benfica nos Oitavos-de-final da prova. O «onze» que recuperamos na foto diz respeito a essa eliminatória da Taça de Portugal, mais concretamente ao jogo da 1ª mão, que terminou com uma igualdade (1-1), havendo necessidade de um segundo jogo de desempate. Na 2ª mão, o Benfica acabaría por derrotar (2-0) o FC Porto e avançar para os Quartos-de-final.
Apesar de eliminado pelo Benfica na Taça de Portugal, o FC Porto vencería na Luz para o campeonato, desforrando-se do eterno rival com aquela célebre vitória por 3-2.
Em cima: Vítor Baía, Fernando Couto, Semedo, Aloísio e João Pinto;
Em baixo: Timofte, André, Domingos, Jaime Magalhães, Rui Filipe e Kostadinov;

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sofrida e justa!

São quase sempre assim as vitórias na mais importante prova de clubes a nível mundial: difíceis e desgastantes. Apesar da diferença de dois golos no marcador, foi pena o FC Porto não ter garantido mais cedo a vitória de forma a transformar aqueles frenéticos 20 minutos iniciais em algo mais do que uma boa entrada em jogo. A verdade é que o FC Porto se assustou depois dos turcos reduzirem para 2-1. Contudo, o golo do Fenerbahçe não retira brilhantismo à primeira parte do campeão português. Pressão em todo o campo e grande precisão no passe a garantirem dois golos de vantagem antes dos primeiros 15 minutos. Neste período, faltou-nos o 'killer instinct' para matar o jogo com o 3-0. Grande primeira parte do FC Porto!
No segundo tempo, o jogo ficou algo trapalhão e lutou-se muito a meio-campo. Os turcos subiram no terreno e o FC Porto viveu alguma intranquilidade até conseguir o 3-1. A ansiedade vinda das bancadas também não ajudou. Houve alguma incompreensão dos adeptos com o titubeante segundo tempo do FC Porto. Afinal, isto é a Champions League!
Nos destaques individuais, além dos inevitáveis Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez, fica uma nota para as excelentes exibições de dois estreantes na Champions: Rolando e Fernando. Seguríssimos!
Excelente vitória (3-1) do FC Porto com uma fantástica primeira parte e com capacidade de sofrimento no segundo tempo, que nada envergonha o actual tricampeão português. Com o empate de Kiev (1-1), ficamos no primeiro lugar do grupo, com 3 pontos, e com margem para encarar a visita a Londres com tranquilidade e sem qualquer pressão.

«Curiosidades FCP» - José Alberto Costa na «Ídolos do Desporto»

Depois de já termos recordado as «Selecções Desportivas», recuperamos outra publicação desportiva que deixou saudades nos seus leitores, os «Ídolos do Desporto». As duas revistas eram muito populares entre os adeptos e foram ambas fundadas por Henrique Parreirão.
A «Ídolos do Desporto» era de periodicidade mensal mas com o decorrer dos anos tornou-se uma publicação algo irregular porque andou durante algum tempo longe das bancas. Apesar de ser editada desde os anos 50, a revista teve o seu apogeu durante as décadas de 70 e 80. Durante esse período, apresentava capa e contra-capa a cores, e páginas interiores que alternavam a cor com o preto e branco. Nos anos 80, a «Ídolos do Desporto» chegou a sair para as bancas com 48 páginas, que tinham um preço de capa de 80$. A revista retratava a vida e carreira dos grandes futebolistas e ídolos do desporto nacional, do presente e do passado.
Nesta edição, da época 1979/80, o destaque foi para José Alberto Costa. Este antigo extremo-esquerdo do FC Porto tinha chegado às Antas na época anterior, em 1978/79, e permaneceu no FC Porto durante 7 épocas consecutivas. Durante esse período, Costa sagrou-se duas vezes campeão nacional (em 1978/79 e 1984/85) e venceu ainda uma Taça de Portugal (1983/84) e três Supertaças Cândido de Oliveira.

A «foto do dia» - Nuno Valente e Darren Fletcher

Recuperamos uma foto do histórico confronto de Old Trafford, entre o FC Porto e o Manchester United, que marcou a passagem do FC Porto aos Quartos-de-final da 'Champions League' 2003/04.
Os protagonistas são Nuno Valente e Darren Fletcher. Este internacional escocês foi muitas vezes apontado como o sucessor de David Beckham mas as expectativas que sobre ele recaíam nunca se confirmaram. É curioso que, nessa altura, Fletcher relegava muitas vezes para o banco de suplentes o actual Bota d'Ouro, o português Cristiano Ronaldo. No jogo de Old Trafford, o internacional português entrou aos 75' para o lugar de Fletcher, ou seja, um pouco antes de Costinha empatar o jogo e atirar o United para fora da competição.
Há 8 anos em Manchester, 'Fletch' continua a não se conseguir impor no «onze» do Man Utd. Apesar de ter sido capitão da Escócia com apenas 20 anos, nunca conseguiu jogar com regularidade sob o comando de Alex Fergunson.
Depois de se terem defrontado na Liga dos Campeões, os dois jogadores voltaram-se a cruzar na 'Premier League', Nuno Valente ao serviço do Everton e Darren Fletcher no "seu" Man United.

domingo, 14 de setembro de 2008

Vítor, já passaram 20 anos!

Foi a 11 de Setembro de 1988 que Vítor Baía se estreou a titular na baliza do FC Porto. Fez na passada Quinta-feira 20 anos que o «99» foi lançado às feras por Quinito, numa visita do FC Porto a Guimarães. Com Mlynarczyk lesionado e Zé Beto castigado, teve que avançar o jovem Vítor para a titularidade. Cinco anos depois, já era considerado pelo conceituado jornal francês "L'Equipe" o melhor guarda-redes do mundo.
Afinal, o que tinha de especial um jovem de 18 anos para ser titular da equipa que, um ano antes, se tinha sagrado campeã da Europa e vencedora da Taça Intercontinental? Tinha potencial, ambição, personalidade, dedicação e, mais importante que tudo, a cultura do clube bem enraizada. Só com estas virtudes se poderia tornar, uns anos mais tarde, o guarda-redes mais caro da história do futebol mundial, quando se transferiu para o Barcelona por mais de 1 milhão de contos. Foram 20 anos a somar recordes e títulos (individuais e colectivos). Além de continuar a ser o jogador com mais títulos conquistados a nível mundial, o «99» continua a deter o record de imbatibilidade na Liga portuguesa, depois de ter estado 1192 minutos sem sofrer golos durante a época 1991/92. E foi precisamente no estádio onde se estreou a titular que voltou a sofrer um golo, num empate (1-1) entre FC Porto e Vit. Guimarães. O Vítor sofreu um golo à 4ª jornada, num confronto com o Marítimo, e ficou imbatível até à 17ª. Notável!
Apesar da carreira cheia de troféus e de distinções individuais, viveu um momento caricato quando foi considerado pela UEFA o melhor guarda-redes da Liga dos Campeões, em 2004, e não foi convocado por Luíz Filipe Scolari para representar a Selecção Nacional. Hilariante!

«Curiosidades FCP» - Yustrich e a festa do título 1955/56

Recuperamos uma foto do final da época 1955/56, que marcou o regresso do FC Porto à conquista do campeonato nacional depois de 16 anos de jejum. O FC Porto sagrou-se campeão nacional com 18 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota, num campeonato em que foi primeiro classificado em igualdade pontual com o Benfica. Valeu o melhor 'goal-average' de 77 golos marcados e apenas 20 sofridos! Depois de garantido o campeonato nacional, o FC Porto derrotou (2-0) o Torreense na Final da Taça de Portugal e conquistou a sua primeira dobradinha na história do futebol português. O maior responsável por esse êxito é o homem no centro da foto: Dorival Yustrich. Reparem que a sua compleição física impressionava: 1,90m de altura e mais de 90 kg de peso. Não admirava que fosse um técnico muito respeitado pelos jogadores. Yustrich havia sido um destemido guarda-redes do Vasco da Gama e do Flamengo, e já nessa altura era apelidado de «homão», devido ao seu estilo audaz e corajoso. Como treinador, essas características ainda ficaram mais vincadas. Yustrich era um técnico severo e que não tolerava nos seus jogadores comportamentos menos impróprios para um profissional. O brasileiro irritava-se profundamente com atrasos e falta de empenho nos treinos. Mas o seu estilo disciplinador foi fundamental para o FC Porto regressar aos títulos. Nesta foto, surge abraçado aos seus jogadores (Pedroto é o primeiro a contar da direita) num final de época inesquecível para o FC Porto.

A «foto do dia» - A 1ª página do jornal 'Record' de 8 de Abril de 2004

Em semana de Liga dos Campeões, recuperamos uma 1ª página do jornal 'Record' de 8 de Abril de 2004. Nessa edição, foi dado destaque ao empate do FC Porto no Estádio Gerland. Depois de derrotar o Lyon no Estádio do Dragão por 2-0 (Deco aos 44' e Ricardo Carvalho aos 71'), o FC Porto garantiu o acesso à meia-final da Champions League 2003/04 com dois golos de Maniche, que garantiram um empate (2-2) em casa dos campeões franceses.
'Domador de Lyons', foi o título que o 'Record' trouxe à 1ª página depois da fantástica exibição de Maniche no jogo da 2ª mão. O médio do FC Porto inaugurou o marcador aos 6 minutos e colocou o FC Porto novamente em vantagem aos 47'. Apesar dos golos de Luyindula, aos 14', e de Élber, aos 90', o FC Porto já tinha o acesso às meias-finais completamente garantido depois dos dois golos marcados fora. Uma curiosidade: o FC Porto terminou essa partida com 9 (!) jogadores portugueses.
Além do jogo no Estádio Gerland, a 1ª página do 'Record' também deu destaque à retumbante vitória (4-0) do Corunha sobre o AC Milan e à declaração (ou conselho!) de José Mourinho: "No lugar de Baía renunciava à Selecção". O tempo veio dar-lhe razão!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O 'Dragon Force' e a "nova" Constituição

Na semana anterior, o FC Porto inaugurou, na presença dos dois capitães, a 'Dragon Force', uma nova escola de futebol instalada no antigo e saudoso Campo da Constituição, o primeiro espaço que o FC Porto adquiriu no centro da cidade e onde agora pretende atrair jovens potenciais futuros craques.
O velhinho espaço da Constituição sofreu uma remodelação e passou a dispor de um campo de futebol de 11, descoberto e em piso sintético, e um campo coberto de futebol de 7, também em piso sintético. O Vitalis Park, como foi baptizado, passou a ser o novo centro de treinos do FC Porto para jovens das categorias infantis/juvenis.
Começando pelo nome, o 'Dragon Force' é uma excelente denominação para este projecto, desde logo porque é destinado aos mais jovens e é um nome atractivo, apesar de ser um estrangeirismo, que desperta a curiosidade naqueles que vão querer conhecer e experimentar o novo espaço. Quando ao local escolhido, é de fácil acesso, já que as novas instalações ficam no centro do Porto, e é um local histórico para o FC Porto e para a própria cidade. A "nova" Constituição vai permitir aos futuros craques terem outro tipo de contacto com o FC Porto sem necessidade de se deslocarem ao Dragão ou ao Olival. Se o objectivo era atrair os mais jovens, a aposta parece ganha.
Fica apenas um senão: é pena o espaço não dispor de um campo relvado onde também pudesse treinar a equipa principal. Dessa forma, os sócios e os adeptos voltaríam a ter oportunidade de ver o FC Porto treinar no centro da cidade, o que só acontece quando a equipa realiza treinos à porta aberta no Estádio do Dragão. Contudo, o FC Porto pode sempre utilizar este espaço para outro tipo de eventos: conferências de imprensa, apresentação de novos jogadores, etc.

«A foto do dia» - Paulo Futre e Gil y Gil

Hoje recuperamos uma foto de dois símbolos do Atlético de Madrid. A foto foi captada aquando da chegada de Paulo Futre a Espanha para representar os 'colchoneros'.
Futre deixou o FC Porto no Verão de 1987, sendo apresentado como trunfo eleitoral de Gil y Gil nas eleições do clube. O intratável empresário espanhol venceu confortavelmente o sufrágio e, com a venda de Futre, o FC Porto estabeleceu um novo record (superado no ano seguinte com a venda de Rui Barros à Juventus) no mercado português de transferências, arrecadando 650 mil contos. Apesar de ter conquistado poucos títulos ao serviço do At. Madrid, Futre tornou-se num dos grandes símbolos de sempre do clube. Quanto ao ex-maior accionista do At. Madrid, foi forçado a deixar a presidência do clube em Maio de 2003, após um mediático processo judicial, no âmbito do qual respondeu pela acusação de desvio de fundos e foi condenado por corrupção. Recentemente, Gil y Gil foi vítima de uma embolia cerebral, acabando por falecer com a idade de 71 anos.

«Curiosidades FCP» - Dois ídolos do River Plate

Chegaram ao FC Porto em épocas diferentes mas já se tinham cruzado anteriormente no histórico River Plate, da Argentina. Falamos de Luis Oscar González e Ernesto António Farías, dois ídolos do histórico clube de Buenos Aires durante a época de 2005. Nesse ano, os dois internacionais argentinos do FC Porto foram fundamentais no «onze» dos 'Millonarios'.
Enquanto que Lucho já nessa altura era o pilar do meio-campo do River, Farías era o goleador de serviço. Apesar de o seu rendimento no Dragão ainda não ter correspondido às expectativas, nessa época o ponta-de-lança argentino marcou 42 golos em 84 jogos ao serviço do River Plate, uma média de um golo a cada dois jogos. Quanto a Lucho, a sua importância ficou vincada bem mais cedo, quando ajudou o River a conquistar o Torneio Clausura de 2003 e 2004.
Ambos naturais de Buenos Aires, Lucho Gonzalez e Ernesto Farías voltaram a encontrar-se no Porto, depois de atingirem o 'top' do futebol argentino. Agora, fazem ambos parte do clã sul-americano que vai certamente marcar uma época no FC Porto.

domingo, 7 de setembro de 2008

Aroso de Almeida contraria Freitas

Apesar de ainda não se ter estreado na edição desta época da Liga dos Campeões, o FC Porto já está a concentrar as suas preocupações na edição do próximo ano. Com Michel Platini a insistir em manter na agenda da UEFA a possível exclusão do FC Porto da próxima Champions, na sequência da suspensão de dois anos aplicada a Pinto da Costa, o FC Porto não tem mãos a medir e já entregou no Tribunal Administrativo de Lisboa um parecer que contraria a opinião de Freitas do Amaral, que considerou legítima a decisão do Conselho de Justiça de manter a pena aplicada a Pinto da Costa. Ou seja, é muito provável que a UEFA aguarde uma decisão do Tribunal Administrativo de forma a poder validar as decisões do Conselho de Justiça e, dessa forma, ter um suporte legal que lhe permita decidir sobre a participação do FC Porto da Liga dos Campeões 2009/10.
O parecer que o FC Porto entregou no Tribunal Administrativo foi elaborado por Mário Aroso de Almeida, um reputado especialista em Direito Administrativo e professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica, que concluiu que "a partir das 17.55 horas, o CJ deixou de estar reunido, pois que o respectivo presidente, no regular exercício dos seus poderes, encerrou a reunião". Ao contrário de Freitas do Amaral, Aroso de Almeida entende que estavam criadas condições para, ao abrigo do artigo 14.º, nº. 3 do Código do Processo Administrativo, Gonçalves Pereira encerrar os trabalhos, classificando a decisão como "inteiramente coerente", na sequência de "um movimento de rebelião em relação ao presidente". Este especialista também considera que o processo disciplinar instaurado pelos conselheiros ao presidente do CJ é irregular, desde logo porque "tal matéria não constava, na verdade, da ordem de trabalhos da reunião". A opinião de Mário Aroso de Almeida é completamente oposta à de Freitas do Amaral porque desde logo considera que a reunião, em que foi votado o recurso de Pinto da Costa, não tem qualquer validade e leva com o carimbo de "inexistente".
A opinião deste especialista em Direito Administrativo é um importante trunfo que o FC Porto resolveu apresentar em sua defesa. Se a decisão do Tribunal Administrativo for favorável a Pinto da Costa, é pouco provável que a UEFA remeta novamente o caso à Comissão de Controlo e Disciplina, ficando salvaguardada a participação do FC Porto na Liga dos Campeões 2009/10. Mas se assim não for...

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Valência, Supertaça europeia 2004

Recuperamos a 3ª presença do FC Porto na Final da Supertaça europeia com o bilhete do jogo disputado no Estádio Luís II, no Mónaco, a 27 de Agosto de 2004.
Depois do FC Porto já ter disputado o troféu com o Ajax, em 1988, e com o AC Milan, em 2003, seguiu-se o Valência, em 2004.
Actualmente, a competição disputa-se em apenas um jogo, ao contrário do que aconteceu na primeira presença do FC Porto na prova, em que o vencedor era encontrado após a disputa de duas mãos, ou seja, depois da vitória frente ao Ajax, em 1988, o FC Porto ainda não venceu o troféu no novo formato. Depois da derrota (1-0) frente ao AC Milan, em 2003, seguiu-se novo desaire (2-1) frente ao Valência, em 2004.
O FC Porto ganhou o direito de disputar a Supertaça 2004 depois de vencer (3-0) o Mónaco na Final da Liga dos Campeões, enquanto que o Valência garantiu a presença no Estádio Luís II depois de derrotar (2-0) o Marselha na Final da Taça UEFA 2003/04. Apesar do FC Porto ostentar o título de campeão da Europa, nunca se conseguiu impor durante o jogo frente aos espanhóis. Enquanto que o Valência, de Claudio Ranieri, mantinha a espinha dorsal da equipa que venceu a Taça UEFA, o FC Porto, de Victor Fernandez, ainda estava em construção depois da saga vitoriosa com José Mourinho.
Aqui ficam os «onzes» da Supertaça europeia 2004:
Estádio Luís II (Mónaco)
27 de Agosto de 2004
Árbitro: Terje Hauge (NOR)
FC Porto: Vítor Baía, Seitaridis, Jorge Costa, Pepe e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Carlos Alberto e Hugo Leal (Quaresma aos 61'); Benni McCarthy (César Peixoto aos 72') e Hélder Postiga;
Valência: Cañizares, Curro Torres, Navarro, Marchena e Carboni; Albelda, Baraja, Rufete e Vicente; Di Vaio (Mista aos 77') e Corradi (Pablo Aimar aos 87');
Golos: Baraja aos 32', Di Vaio aos 67' e Quaresma aos 78';

«Curiosidades FCP» - As camisolas de Cubillas

Hoje recordamos as camisolas que Teofilo Cubillas vestiu durante toda a sua carreira. Este antigo nº 10 do FC Porto e da Selecção do Perú começou por representar um histórico do futebol perúano, o Alianza Lima. Cubillas representou o seu clube do coração durante várias épocas e em 4 fases distintas: no início da sua carreira e em 3 regressos ao Perú, depois de deixar o FC Porto, o Fort Lauderdale Strikers e o South Florida Sun, ambos dos EUA.
Antes de chegar ao FC Porto, Cubillas representou o Basileia da Suiça durante apenas 6 meses. Foi a sua primeira aventura no futebol europeu, isto já depois de se ter estreado pela Selecção do Perú. Apesar de ter sido um futebolista consagrado e um dos melhores da sua geração, Cubillas representou apenas dois clubes europeus: o Basileia e o FC Porto. Depois de deixar as Antas, regressou ao Perú, e ao Alianza Lima, sagrando-se bicampeão perúano em 1977 e 1978. No início da década de 80, e numa altura em que a Liga norte-americana atraía muitos jogadores em final de carreira, rumou ao Fort Lauderdale Strikers da Liga NALS, onde encontrou outros reputados futebolistas como Muller, Figueroa ou George Best. Depois de jogar 5 épocas na Liga norte-americana, Cubillas voltou ao Alianza Lima mas representou os perúanos durante apenas uma época devido a um novo convite para regressar aos Estados Unidos. Foi em 1985 que Cubillas ajudou o South Florida Sun, da denominada 'United Soccer League' (USL), a subir à primeira liga norte-americana. Em 1987, deu-se um novo regresso ao Perú para um derradeiro campeonato ao serviço do Alianza Lima e, um ano depois, o definitivo retorno aos EUA, onde terminou a carreira com a idade de 40 anos, primeiro ao serviço do Ft Lauderdale Strikers e, na última época da sua carreira, em 1989, representando o Miami Sharks.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

'El Comandante’ não sai!

Apesar de ainda haver adeptos do FC Porto a lamentar a saída de Ricardo Quaresma, o verdadeiro imprescindível vai continuar no Dragão. Lucho renovou até 2012! É esta a grande notícia do defeso do FC Porto. Apesar dos 25 milhões gastos no reforço do plantel, a renovação do contrato do internacional argentino foi a melhor contratação do FC Porto para a época 2008/09. Durante quanto tempo o vamos segurar?
Em 2005/06 Lucho veio para o FC Porto por €10,25 milhões (50% do passe) e no início da época passada, o FC Porto adquiriu a totalidade do seu passe por mais €6,65 milhões. Não sendo fácil um estrangeiro ser capitão do FC Porto, Lucho já mostrou que, na ausência de Pedro Emanuel, a braçadeira está muito bem entregue. Ele é o preferido do "blogger" e o símbolo do tricampeonato. Com ‘El Comandante’ vamos continuar muito fortes!
Quanto à saída do «Harry Potter», é mais um excelente negócio. A transferência pode atingir o dobro do valor arrecadado pelo Sporting com a venda de Cristiano Ronaldo (15 milhões de euros) e pode superar (em 5 milhões de euros) o valor que o AC Milan pagou ao Barcelona por Ronaldinho Gaúcho. Além do montante recebido com a transferência, o FC Porto pode desde já começar a valorizar Pelé, que chegou a custo zero, tal como Quaresma, e que no futuro pode vir a garantir outro ‘jackpot’. Recorde-se que o trinco português foi titular do Inter de Milão durante toda a fase final da época passada e é hoje um jogador completamente diferente daquele que abandonou o futebol português para rumar a Itália. Pelé é o melhor ‘clone’ de Paulo Assunção. Só falta saber se o internacional português vai "tapar" a natural progressão do brasileiro Fernando.

«Curiosidades FCP» - O Newcastle na Taça das Cidades com Feira 1969/70

Recuperamos um 'pin' comemorativo da presença dos ingleses do Newcastle numa edição da extinta Taça das Cidades com Feira. O 'pin' mostra-nos os emblemas dos 4 clubes que se cruzaram com os ingleses na edição da prova de 1969/70: Dundee United, FC Porto, Southampton e Anderlecht.
A Taça das Cidades com Feira antecedeu a actual Taça UEFA e foi uma das primeiras competições a nível de clubes no futebol europeu. Esta competição foi criada em 18 de Abril de 1955 e destinava-se a todas as equipas europeias de cidades com feiras de comércio!
Foi na 2ª eliminatória da edição de 1969/70 que o FC Porto se cruzou com o Newcastle. O FC Porto começou por eliminar os dinamarqueses do Hvidovre IF na 1ª eliminatória da prova. Duas vitórias, por 1-2 (Sorensen aos 29', Hélder Ernesto aos 62' e 70') na Dinamarca e por 2-0 (Salim aos 24' e Rolando aos 74') no Porto, garantiram a passagem à segunda eliminatória da competição. O confronto com o Newcastle ficou guardado para a segunda ronda. Depois do empate (0-0) na cidade do Porto, os ingleses venceram a 2ª mão por 1-0 (Scott aos 22'), num jogo disputado a 26 de Novembro de 1969, em Newcastle. Depois de derrotarem o FC Porto, os ingleses ainda ultrapassaram mais uma eliminatória (eliminaram o Southampton) e só caíram nos Quartos-de-Final da competição, sendo derrotados pelo Anderlecht.
Quanto ao FC Porto, depois de ser eliminado das competições europeias, foi 9º (!) classificado no campeonato nacional dessa época e foi eliminado pelo Tirsense logo na 1ª eliminatória da Taça de Portugal. Uma época para esquecer!

A «foto do dia» - Jorge Andrade e Marcelo Salas

Hoje recuamos ao FC Porto de Octávio Machado e à edição de 2001/02 da Liga dos Campeões.
A foto, com Jorge Andrade e Marcelo Salas, recupera a visita da Juventus ao Estádio das Antas, num jogo disputado a 10 de Outubro de 2001, para a 1ª jornada da Liga dos Campeões 2001/02.
Para atingir a fase de grupos da prova, o FC Porto necessitou de ultrapassar duas pré-eliminatórias. Na 1ª pré-eliminatória eliminou o Barry Town (País de Gales), com uma vitória por 8-0 nas Antas e uma derrota por 3-1 em Gales. Na última eliminatória de acesso à fase de grupos, o FC Porto já foi obrigado a ultrapassar um adversário mais cotado, o Grasshopers da Suiça. Depois do empate (2-2) nas Antas, o FC Porto puxou dos galões e foi vencer a Zurique por 3-2.
O sorteio da fase de grupos ditou a presença do FC Porto no Grupo E, juntamente com Juventus, Celtic de Glasgow e Rosenborg. Apesar de ter empatado (0-0) nas Antas com a Juventus, logo na 1ª jornada, o FC Porto qualificou-se em segundo lugar do grupo a apenas 1 ponto dos italianos, que foram primeiros. Nessa edição da Champions, além de não ter sofrido qualquer golo em casa (0-0 com a Juventus, 3-0 com o Celtic e 1-0 com o Rosenborg) , o FC Porto ainda venceu um jogo fora (na Noruega por 2-1), terminando a fase de grupos com 10 pontos. Apuraram-se os dois primeiros do grupo, tendo o FC Porto, na segunda fase, sido sorteado no Grupo C, juntamente com Real Madrid, Panathinaikos e Sparta de Praga.