segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nem foi preciso forçar!

«O Sp. Braga também venceu os primeiros 7 jogos da época passada e não foi campeão», foi desta forma que Villas-Boas tratou de conter a euforia no final do FC Porto - Olhanense. Fez bem, porque o campeonato está longe de estar ganho. Ainda assim, na mesma altura da época passada o segundo classificado estava bem mais perto do primeiro do que acontece esta época. São agora 7 os pontos que o FC Porto leva de vantagem sobre os segundos, uma “almofada” que lhe vai permitir gerir ainda melhor o desgaste nas duas competições onde temos maiores expectativas, a Liga portuguesa e a Liga Europa.
Além de manter uma média superior a 2 golos marcados por jogo, o FC Porto também é agora a defesa menos batida do campeonato (continua apenas com 2 golos sofridos, aliás, dois golaços, de Luís Aguiar e Lima). Um ‘goal-average’ muito positivo e que contrasta com o ‘score’ do nosso maior rival e líder destacado na tabela de... comunicados emitidos!
Ontem, frente ao Olhanense, a equipa fugiu àquilo que tem sido um padrão no ‘FC Porto de Villas-Boas’: uma 1ª parte em que observa o comportamento do seu adversário e privilegia um jogo seguro, e um segundo-tempo em que quase atropela o seu oponente, com pressão constante e assumindo maiores riscos. Desta vez foi ao contrário: uma inovação! Depois, a vantagem de dois golos ao intervalo terá “convidado” a equipa a relaxar.
Ainda assim, fica o registo de um primeiro-tempo ‘à FC Porto de Villas-Boas’: dinâmica, pressão e qualidade de passe aniquilaram o Olhanense. Com o 2-0 ao intervalo, a 2ª parte acabou por não ter história: o FC Porto limitou-se a ‘descansar com bola’, algo que tinha dificuldade em fazer na época passada. Mais uma virtude, portanto!
Positivo (+):
- o crédito que este FC Porto já amealhou permite-lhe dar-se ao luxo de oferecer aos adeptos uma 2ª parte algo enfadonha;
- o triângulo Fernando-Moutinho-Belluschi continua a asfixiar a bola e o adversário (e pensar que Miguel Sousa Tavares considera o ‘Polvo’ um estorvo no meio-campo do FC Porto: que disparate!);
- Hulk: para o ‘Incrível’ qualquer jogo é uma final tal a urgência e ansiedade que revela em marcar e ajudar a equipa;
- a estreia de Otamendi (o argentino é muito forte na antecipação e tem técnica suficiente para sair a jogar com bola, um complemento importante ao jogo mais físico da dupla Rolando-Maicon);
Negativo (-):
- esperemos que a opção de Villas-Boas em deixar 2 habituais titulares (Maicon e Sapunaru atravessam ambos excelentes momentos de forma) de fora do «onze» tenha apenas a ver com o apertado calendário que se aproxima;
- o baixo ritmo que o FC Porto impôs na 2ª parte aborreceu um pouco os espectadores;
- tem faltado clarividência a Falcão dentro da grande-área (o cansaço também tira discernimento e o colombiano tem sido dos mais utilizados do plantel desde a pré-época; efeitos da não contratação de Kléber?);

«Curiosidades FCP» - Kostadinov e o CSKA

Em vésperas do FC Porto defrontar o CSKA de Sófia, em jogo da 2ª jornada da fase de grupos da Liga Europa, recordamos um jogador que vestiu a camisola dos dois clubes, o búlgaro Emil Kostadinov.
O ex-avançado do FC Porto representou o CSKA no início da sua carreira como profissional. Curiosamente, e apesar de ter jogado neste histórico clube búlgaro durante várias épocas, foi quando já representava o FC Porto, em 1993, que foi eleito ‘jogador búlgaro do ano’.
Recentemente, voltámos a ouvir falar dele quando, em Abril de 2010, foi nomeado Director Desportivo do CSKA.

«Curiosidades FCP» - O equipamento de Basileia

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos o primeiro equipamento que o FC Porto utilizou numa final europeia. Foi com este ‘jersey’ (sem a publicidade da ‘Revigrés’) que o FC Porto enfrentou a Juventus, em Basileia, na final da Taça dos Vencedores das Taças 1983/84.
Curiosamente, não foi apenas o FC Porto a ser obrigado a jogar com aquele que na altura era o seu equipamento alternativo (tudo azul: camisola, calção e meia), pois a UEFA também obrigou a Juventus a abdicar da sua habitual camisola listada verticalmente (a preto e branco) e a jogar de ‘jersey’ amarelo.

A «foto do dia» - Teixeira

Recentemente recordámos aqui António Teixeira, o ‘ponta-de-lança de Yustrich’. Hoje, recordamos ‘outro Teixeira’ que representou o FC Porto naquele período, em finais da década de 70, que coincidiu com o regresso do clube à conquista dos títulos.
Adelino de Jesus Teixeira chegou ao FC Porto no início da época 1974/75, vindo do Leixões. Este ex-jogador do FC Porto era um polivalente que fazia com relativa facilidade várias posições entre a defesa e o meio-campo.
Teixeira fez parte do plantel que, sob a orientação de José Maria Pedroto, interrompeu aquele longo jejum do clube sem títulos. Depois de deixar o FC Porto, no início do anos 80, Teixeira ainda representou os vizinhos do Boavista.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Carrega FC Porto!

Se, como diz Jorge Jesus, «há muitos frangos para virar», o FC Porto parece bem preparado para a autêntica franganada que são as 30 jornadas da Liga portuguesa. O problema é que o actual FC Porto de Villas-Boas não se limita a “virar o frango”: prepara-o e come-o!
Hoje, ainda o carvão não estava em brasa e o FC Porto já tinha “virado o primeiro”. Desta vez, contrariando o que aconteceu nos últimos jogos, o FC Porto entrou bem no jogo e antes de passar para a frente já tinha criado duas ou três boas oportunidades para marcar, todas antes dos 20 minutos de jogo. No final, o 0-2 acabou por ser lisonjeiro para a equipa de Jokanovic, que viu Bracalli ser dos melhores em campo.
Também devemos reconhecer que este Nacional (venceu o Benfica!) dá a sensação de não estar tão forte como em anos anteriores. Ainda assim, julgamos que nem o ‘Nacional de Manuel Machado’ conseguiria vencer este ‘FC Porto de Villas-Boas’. Esta jornada acabou por ser generosa para o FC Porto (houve dois candidatos, Sp. Braga e Sporting, que perderam pontos), que agora se pode dar ao luxo de perder um jogo e ainda assim manter o primeiro lugar da Liga (o Vit. Guimarães, que é 2º, está a 4 pontos de distância).
Apesar do discurso optimista (estive tentado a escrever fantasioso!) de Jorge Jesus, a verdade é que o Benfica fica super-pressionado com a actual desvantagem de 9 (!) pontos. Já tínhamos saudades deste tipo de cenários: ver os outros a correr atrás do prejuízo!
Recentemente, coloquei aqui a possibilidade de Villas-Boas deixar à equipa o desafio de chegar ao jogo com o Benfica (10ª jornada) só com vitórias. Apesar de na altura ter sido algo intempestiva, a verdade é que essa possibilidade é hoje cada vez mais viável. Não seria nada surpreendente que, perante a qualidade de jogo que vem apresentando, o FC Porto vencesse os próximos 4 jogos que vai disputar na Liga, frente a Olhanense (casa), Vit. Guimarães (fora), U. Leiria (casa) e Académica (fora). Um estímulo!
Positivo (+):
- hoje começamos por destacar positivamente o excelente momento físico que a equipa do FC Porto atravessa (por volta dos 60 minutos de jogo, já com o resultado em 0-2 e depois de um jogo europeu a meio da semana, era o FC Porto a imprimir o ritmo e a forçar o terceiro golo);
- João Moutinho: atitude contagiante!
- Fernando está transformado num autêntico transportador de jogo, um ‘box-to-box’ que percorre todo o campo e raramente perde a bola (essa liberdade deixa os defesa centrais do FC Porto mais desprotegidos, mas permite à equipa ganhar superioridade numérica no meio-campo e pressionar mais alto; Uma vantagem, portanto!);
- Maicon: o ‘careca’ da defesa do FC Porto não tem a técnica de um defesa como Ricardo Carvalho, mas é intransponível no jogo aéreo, rápido sobre a bola e lê bem o jogo;
- Varela: agora sim, a força, velocidade e potência estão a carburar;
Negativo (-):
- ontem, o único aspecto negativo foi o pouco discernimento que o FC Porto revelou no último passe (foram várias as vezes em que o FC Porto se apresentou em superioridade numérica nos últimos 30 metros e nem sequer conseguiu atirar à baliza);

«Curiosidades FCP» - Cubillas na imprensa espanhola

O ‘Paixão pelo Porto’ volta a recordar o fantástico futebolista peruano que representou o FC Porto a meio da década de 70: Teofilo Cubillas.
A chegada de Cubillas ao FC Porto não causou sensação apenas no nosso país, pois o peruano era muito respeitado em Espanha (a imprensa desportiva espanhola chegou a relatar um possível interesse do Barcelona neste ex-nº 10 do FC Porto).
Hoje, recordamos os títulos que o ‘El Mundo Deportivo’ escolheu para ilustrar um artigo dedicado ao craque do FC Porto. Por aqui se comprova que, tal como ainda acontece nos dias de hoje, os jogadores do FC Porto mereciam mais elogios e reconhecimento da imprensa estrangeira do que daquela sediada em Lisboa.

«Curiosidades FCP» - A chegada de Madjer a Portugal

Hoje, recordamos a chegada ao FC Porto do argelino que marcou para sempre o nosso futebol: Rabah Madjer.
Fez, no passado dia 8 de Setembro, 25 anos que Madjer pisou pela primeira vez o Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Aproveitando esse facto, o jornal ‘i’ entrevistou o ex-jogador do FC Porto. Aqui fica essa interessante e divertidíssima conversa entre o jornalista do ‘i’ e o homem do ‘calcanhar de Viena’:
- Boa tarde Madjer. Falo de Portugal.
- Boa tarde, amigo. Tudo bem?
- Tudo. Sabe que dia é amanhã?
- 8 de Setembro.
- Isso não lhe diz nada?
- Hãããã... Que falta um mês para eu chegar a Portugal. De férias.
- Pronto, isso é agora. Mas a 8 de Setembro de 1985, o Madjer aterrou no Porto pela primeira vez. Lembra-se? - Sim, claro, no Aeroporto Sá Carneiro. Cheguei com o Lucídio Ribeiro, empresário português que trabalha muito no mercado francófono. Estava um dia cinzento.
Fui para o hotel e daí para o Estádio das Antas, para ver o FC Porto-Penafiel [3-1, com golos de Semedo, Gomes e João Pinto] onde conheci toda a gente. Houve logo química: o presidente Pinto da Costa, Lima Pereira, André, Frasco, Gomes, Futre, Eduardo Luís, Jaime Magalhães, João Pinto, Juary. Tudo gente cinco estrelas.
- E Artur Jorge?- Também, também. Grande senhor do futebol.- Mas vocês tiveram os vossos problemas.- Sim, mas problemas com solução. Por muito bom que seja o espírito de uma equipa de futebol, e o FC Porto era como uma família, há sempre alguém às turras com alguém. Ou o presidente com o treinador ou o jogador com o treinador. São coisas que vão e vêm. E passam. Quando havia esses ‘stresses’, nada melhor que ir almoçar ou jantar.
- Mas isso não se faz diariamente?- Não, digo almoçar ou jantar com a malta amiga. Nesses casos de ‘stresse’, organizávamos excursões à Póvoa de Varzim para comer e relaxar. O André era o líder espiritual desses convívios.

- O André era também o mais divertido do plantel, sempre bem disposto e a contar anedotas. Como o Lima Pereira, outro capitão dentro e fora do campo e sempre pronto a comandar as suas tropas [risos]. Como o Futre, jovem e irreverente como só ele sabia. Resumindo: se houvesse algum ‘stresse’ comigo, eles resolver-me-iam a situação num abrir e fechar de olhos.Percebes?
- Claro. E porquê Póvoa de Varzim?- Invenções do André [risos]. Ele é de lá. Amigo, havia lá um restaurante fantástico. Não me perguntes o nome que não me lembro.- E lembra-se de como entrou na equipa do FC Porto?- Sim, sim. Muito bem. O primeiro jogo foi no Estádio da Luz, com o Benfica, na festa de inauguração do Terceiro Anel. Um jogo particular e empatámos 0-0. A estreia oficial foi também em Lisboa, mas no Restelo. Ganhámos 3-2 ao Belenenses e eu fiz duas assistências para o Gomes. Depois, recebemos o Sporting e vencemos 2-1. Até que veio o tal jogo que me desbloqueou, no Bessa. Foi 2-1 para nós e eu marquei os dois golos, os da reviravolta [Casaca fizera o 1-0]. Pronto, a partir daí, ninguém mais me agarrou.
- Só na Póvoa de Varzim.- Pois é. Olha, daqui a um mês lá estarei. Ao volante do meu Toyota.

- Qual? Aquele que ganhou em Tóquio?
- Esse mesmo. Na final da Taça Intercontinental 1987, fui eleito o melhor em campo e ganhei um carro. Levei-o do Japão para Portugal e desde então nunca mais me desfiz dele. Está lá, guardado na garagem da minha casa, em Vila Nova de Gaia. Tenho o mesmo carro há 23 anos e está como novo. Nunca me deu problemas. Nem um! As marcas japonesas são, de facto, do mais fiável que há. Mas isto é só com carros. Porque já viste o tempo que estava em Tóquio naquele dia? Tudo menos fiável. Na véspera, nublado. No dia do jogo, nevava, nevava, nevava e não parava de nevar. Aquilo era impressionante. E eu que nunca tinha jogado na neve. Nem eu, nem os outros.- Nesse jogo marcou o golo da vitória.- Um grande chapéu quase do meio-campo. Foi o golo que mais prazer me deu, porque significou o título mundial. Mas não foi o mais bonito. Esse foi o de calcanhar...
- Com o Bayern?- Não. A piada é essa. O melhor golo de calcanhar não foi esse, embora seja o mais falado em todo o mundo, porque foi numa final e com o poderoso Bayern. Hoje, se falarem de um golo à Madjer, todos sabem como é. Da mesma forma que ninguém esquece o slalom do Maradona com a Inglaterra em 1986 ou o penálti à Panenka em 1976. Mas a seguir à Taça dos Campeões, ganhámos 7-1 ao Belenenses [26 de Agosto de 1986, primeira jornada do campeonato nacional, na estreia de Rui Barros pelo FC Porto e de Marinho Peres como treinador dos azuis do Restelo], marquei três golos, o último deles de calcanhar, mais bonito que o de Viena. Sabes porquê?
- Não. - Do cruzamento do Jaime Magalhães, recebi a bola com o pé esquerdo e dei com o calcanhar direito.- Mas então esse golo vi-o há poucos dias, na internet.- A sério? Não pode ser. Onde?- No YouTube.- Espera aí, vou buscar papel e caneta para anotar o endereço [espera]. Diz-me lá.- É só ir ao site do YouTube e escrever "fc porto belenenses 7-1".- Mas isso é fantástico. Já ganhei o dia. Obrigado. Vou já rever esse golo. Tenho-o na memória. Agora vou copiá-lo para o computador. E posso mostrar aos meus amigos. Eles não acreditam em mim. Dá para acreditar nisso?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dar prioridade ao campeonato… e ganhar!

O FC Porto demorou a adaptar-se ao estilo de jogo do Rapid, assente num grande poder de choque e agressividade na recuperação da bola, mas depois dos austríacos perderem fulgor físico (uma consequência da boa posse de bola do FC Porto) assistiu-se ao melhor que o FC Porto tem exibido nesta época: muita pressão sobre a bola, critério no passe e obsessão pela baliza. Isto começa a ser um hábito do ‘FC Porto de Villas-Boas’: uma 1ª parte de maior contenção e um segundo-tempo de pressão e dinâmica. Estamos a gostar!
Ainda assim, talvez a postura dos austríacos tenha obrigado o FC Porto a desgastar-se um pouco mais do que aquilo que Villas-Boas pretenderia. O que é certo é que já depois dos 60 minutos não vi ninguém a poupar-se (também é assim que se chama gente ao estádio!). Nesse período do jogo merece destaque a postura de João Moutinho, um jogador que tem recebido avaliações algo injustas, pois mesmo criando poucos desequilíbrios quando a equipa ataca (não foi o caso de ontem!), é actualmente um dos maiores responsáveis pela eficácia que o FC Porto revela a anular as virtudes dos adversários. Excelente atitude! Pela diferença de potencial entre FC Porto e Rapid de Viena se prova que o FC Porto não foi precipitado quando assumiu ser candidato a vencer a competição, não só porque tem mais prestígio que quase todos os clubes envolvidos na prova mas também porque é um dos clubes com o palmarés europeu mais rico entre todos os participantes na Liga Europa. Só dois chegam à final, mas há legitimidade para assumir a candidatura!
O actual ‘elan’ (foi o FC Porto que o construiu, lembre-se!) também ajuda a ter confiança e margem para errar. Liderar o campeonato e ver os nossos maiores rivais a 5 (Sp. Braga e Sporting) e 9 pontos (Benfica) de distância também dá moral para as outras competições.
Agora, segue-se a visita à Choupana. O FC Porto entrará em campo sabendo os resultados do Benfica-Sporting e do Paços de Ferreira-Sp. Braga, mas isso pouco importa para quem está tão determinado em ser campeão.
Positivo (+):
- mais um belo jogo das “formiguinhas” (Fernando, Moutinho, Rúben e Belluschi) do meio-campo do FC Porto;
- apesar de um jogo da Liga Europa não ter o mesmo encanto que um da Liga dos Campeões, os jogadores do FC Porto souberam colocar em campo o mesmo entusiasmo que têm por hábito mostrar na ‘Champions’;
- o regresso de Falcão aos golos (o colombiano fica sempre triste e cabisbaixo quando não marca, o que é um óptimo sinal);
- o terceiro golo do FC Porto, um ‘carrossel de tabelinhas’ que proporcionou a Rúben Micael o golo da noite;
- a disponibilidade física de Cristian Rodriguez (o uruguaio terminou o jogo com a “língua de fora”, mas deu muito para quem vinha de uma longa paragem);
Negativo (-):
- tal como aconteceu no jogo frente ao Genk, voltou a haver algum excesso de confiança por parte de alguns jogadores do FC Porto, principalmente na 1ª parte (uma postura natural para quem depressa se apercebeu ser superior ao seu adversário?);

«Curiosidades FCP» - O bilhete do FC Porto - Portadown, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1990/91

Em semana de jornada europeia, recuperamos mais um bilhete de um jogo europeu do FC Porto. Desta vez, recuamos à nossa participação na edição de 1990/91 da antiga Taça dos Clubes Campeões Europeus com o bilhete que deu acesso ao FC Porto - Portadown, relativo à 1ª mão da 1ª eliminatória da competição.
Devido à interdição do Estádio das Antas, o FC Porto foi obrigado a deslocar-se até Setúbal para defrontar os ‘quase-amadores’ do Portadown (Irlanda do Norte). No entanto, isso não foi obstáculo ao ‘FC Porto de Artur Jorge’, que goleou esta frágil equipa britânica por 5-0, com golos de Stephane Paille (2), Kostadinov, Branco e Stewart (p.b.).
Na 2ª mão, o FC Porto voltaria a golear estes super-acessíveis norte-irlandeses: 8-1 (!) foi o resultado.

A «foto do dia» - Seninho

No ‘Paixão pelo Porto’ ainda não tínhamos dedicado nenhum ‘post’ ao Seninho, o ex-avançado do FC Porto que foi o autor daquele precioso ‘bis’ em Old Trafford (vitória do Manchester United, por 5-2), que permitiu ao FC Porto aceder aos Quartos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças 1977/78 depois do brilhante 4-0 da 1ª mão.
Apesar desse atrevimento, Seninho acabaria por deixar as Antas na época seguinte, seduzido por uma proposta fabulosa do Cosmos (Nova Iorque), clube onde também jogaram os consagrados Pelé, Franz Beckenbauer, Johan Neeskens e Carlos Alberto, entre outros.
Recentemente, o ex-jogador do FC Porto confessou à imprensa portuguesa que «eles estavam interessados em mim, no Oliveira e no Duda. Além disso, havia o AC Milan, o próprio Manchester e o Atlético Madrid, todos com interesse. Optei pelo Cosmos por diversas razões, mas também devido a um telefonema do Pelé».

«Curiosidades FCP» - A ‘Austria Magazine’ de Outubro de 2002

Em semana de jogo frente a austríacos, recuperamos uma edição da revista oficial do Áustria de Viena onde é antecipado o nosso confronto, relativo à edição de 2002/03 da Taça UEFA, com os eternos rivais do Rapid.
Na capa da revista, além de uma foto do controverso Christoph Daum (era o treinador do Áustria de Viena na época em que os austríacos se cruzaram com o ‘FC Porto de Mourinho’), lá está a referência (a letras amarelas) ao Áustria de Viena - FC Porto, disputado a 31 de Outubro de 2002. Nessa ocasião, o FC Porto venceu os dois jogos que disputou com os austríacos (1-0, com golo de Derlei, no Estádio do Prater, e 2-0, com golos de Hélder Postiga e Derlei, no antigo Estádio das Antas).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E-M-P-O-L-G-A-N-T-E!

Primeira nota: quem não assistiu ao FC Porto-Sp. Braga pode considerar excessivo tudo o que tem sido escrito e dito sobre o jogo. Mas na minha opinião, este vai ser, muito provavelmente, o Adicionar imagemmelhor jogo da Liga 2010/11. Será muito difícil voltarmos a ver 5 golos num jogo entre duas equipas tão competitivas e disciplinadas tacticamente. E não seria vergonha nenhuma se o FC Porto tivesse empatado com este super-compacto Sp. Braga.
Assim, o FC Porto foi obrigado a realizar uma exibição empolgante que, por exemplo, o tão elogiado ‘Benfica de Jesus’ nunca conseguiu oferecer aos seus adeptos nos jogos mais complicados que realizou na época passada (frente a Sp. Braga, FC Porto e Liverpool). Estamos conversados!
No final, Domingos (estava triste com o resultado e por isso perdoamos-lhe!) quis insinuar que os nossos golos surgiram em lances fortuitos, mas o FC Porto ameaçava marcar a qualquer momento antes de Lima fazer o segundo golo do Sp. Braga, ou seja, por essa altura já estávamos por cima no jogo.
É verdade que o FC Porto não tem sido assim tão espectacular como a exibição no jogo da Supertaça, frente ao Benfica, deixara antever. No entanto, o FC Porto joga como equipa e aborda os jogos com responsabilidade. Os jogadores não se deixam abalar por um ou outro detalhe (no Sábado foram dois grandes detalhes: os golaços de Luís Aguiar e Lima) que possa condicionar a partida e, ao mesmo tempo, conseguem desfrutar do jogo (no Sábado foi contagiante a alegria que jogadores como Hulk e Belluschi colocaram em campo). O FC Porto está forte! Quem cativa cada vez mais é André Villas-Boas, pois os seus contactos com a imprensa são cada vez mais apreciados pelos adeptos e pelos jornalistas. Ninguém sai aborrecido das conversas com o actual treinador do FC Porto. «Quero estar aqui o maior número de anos possível, sabendo que com este presidente o normal são 2 anos. Tenho de o convencer a ficar cá 10! Não só porque amo o clube desde sempre, mas também pelo ambiente. A cultura do clube, a cidade e as pessoas do Norte representam uma certa forma cultural de estar na sociedade com a qual me identifico e que não se pode encontrar em todos os lados». Um treinador do FC Porto que tem este tipo de discurso não merece todo o nosso apreço?
Positivo (+):
- Hulk resolveu "partir" tudo no jogo em que a equipa mais precisava dele (só o ‘Incrível’ poderia ajudar a desbloquear um jogo tão fechado tacticamente);
- a postura do FC Porto, que depois de estar por duas vezes em desvantagem soube manter a organização e lucidez; - Varela: estava a ser o maior candidato à substituição quando marcou o terceiro golo do FC Porto num potente remate que ainda “queimou” as luvas de Felipe;
- Belluschi: ele, Moutinho e Fernando são as “formiguinhas” trabalhadoras do meio-campo do FC Porto (trabalham que se fartam, levam pancada e nunca se queixam!);
- a numerosa presença de público no Dragão (este foi o 4º jogo com lotação acima dos 40 mil espectadores);
- destaque também para a posse de bola: frente a um adversário consistente e que gosta de ter a bola, o FC Porto foi capaz de terminar o jogo com 58% de posse;
- Maicon: está cada vez mais parecido com o Pepe dos primeiros tempos no FC Porto;
Negativo (-):
- num jogo assombroso (de ambas as equipas) seria injusto destacar algo pela negativa (o FC Porto, por exemplo, ainda não tinha consentido qualquer golo na Liga, mas no Sábado sofreu dois golos quase… indefensáveis!);

«Curiosidades FCP» - Pedroto na «Ídolos do Desporto»

O ‘Paixão pelo Porto’ volta a recordar o «Mestre». Desta vez, recuperamos uma capa da revista «Ídolos do Desporto» onde Pedroto foi destaque de 1ª página. Nesta edição, é dado destaque à sua sensacional transferência do Belenenses para o FC Porto (Pedroto mudou-se para as Antas em 1952). O montante envolvido no negócio (335 contos para o Belenenses e 165 para Pedroto) foi considerado exorbitante para a época («O jogador que valeu 500 contos», lia-se na capa da «Ídolos») e na altura constituiu um novo recorde em transferências de jogadores entre clubes portugueses. Um recorde que o FC Porto fez questão de voltar a ostentar com a recente aquisição de João Moutinho.

A «foto do dia» - Vítor Hugo

Hoje, na «foto do dia», deixamos o universo do futebol para recordarmos uma lenda do Hóquei em Patins nacional e do FC Porto: Vítor Hugo.
Vítor Hugo foi um dos maiores protagonistas do autêntico «boom» de títulos nacionais e internacionais que a secção de Hóquei em Patins do FC Porto registou no início da década de 80, acabando depois por marcar uma geração ao lado de outros nomes conceituados do Hóquei portista, como Vitor Bruno, António Alves, Cristiano, Realista, António Vale e Franklim, entre outros.

«Curiosidades FCP» - Elói e a Portuguesa dos Desportos

Hoje recordamos um jogador que teve uma passagem algo discreta pelo FC Porto, o brasileiro Francisco Chagas Eloia (‘Elói’).
Elói representou o FC Porto apenas durante duas épocas (1985/86 e 1986/87), e já depois de ter vestido a camisola de outro clube europeu: o Génova, de Itália.
Apesar de ter sido muito pouco utilizado por Artur Jorge, este médio-ofensivo deixou a sua marca na caminhada que levou o FC Porto a Viena, pois foi ele o autor de um dos golos com que goleámos (9-0) os malteses do Rabat Ajax, na 1ª eliminatória da TCE 1986/87.
Nesta foto, recordamos a sua passagem pela Portuguesa dos Desportos, clube que representou no início da sua carreira como profissional.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um FC Porto desembaraçado

Fechado o período de transferências, é altura de fazermos uma breve análise ao FC Porto 2010/11. Notou-se o esforço que foi realizado pela SAD para oferecer a Villas-Boas um plantel compatível com o discurso ambicioso de «tentar vencer todas as competições».
As vendas de Bruno Alves e Raul Meireles renderam aproximadamente 35 milhões de euros, um valor que teria de ser considerado excepcional não fosse o facto do FC Porto ter gasto mais de 25 milhões de euros no reforço do plantel. Ou seja, as reduzidas mais-valias da SAD reflectem a vontade do FC Porto em recuperar o título e não ficar atrás do investimento realizado pelo nosso maior rival. É uma estratégia de risco, pois o FC Porto só verá esse esforço financeiro ser recompensado se participar na próxima edição da Liga dos Campeões. Ainda assim, haverá sempre a possibilidade de, no Verão de 2011, alienar o passe de um dos dois actuais maiores activos da SAD: Hulk e Falcão.
No que à constituição do plantel diz respeito, a SAD deixou Villas-Boas sem qualquer margem para lamentos. Foi-lhe oferecido um plantel forte e equilibrado. Aliás, há muito tempo que não havia tantas e tão boas opções para o meio-campo (isso até permitiu a Villas-Boas não forçar a utilização de Ruben Micael, que vem de um longo período de paragem). Neste momento, só podemos lamentar a saída de uma voz de comando como Bruno Alves. No entanto, num futuro próximo será inevitável vermos surgir um novo líder no FC Porto 2010/11. Ainda assim, podemos ter alguns problemas no centro da defesa se Otamendi não se adaptar rapidamente ao modelo de Villas-Boas e ao exigente futebol europeu. A confirmar nos próximos jogos…
Numa análise simplista, verificamos que em várias posições possuímos os melhores intérpretes da Liga portuguesa: o melhor guarda-redes (Helton), o melhor lateral-esquerdo (Álvaro Pereira, ex-aequo com Fábio Coentrão), o melhor nº 6 (Fernando), o melhor extremo/avançado (Hulk) e o melhor ponta-de-lança (Falcão).
As laterais parecem ser a maior preocupação do FC Porto 2010/11. Mas esse é um problema que enfrentam todos os grandes clubes europeus, pois não é fácil encontrar o ‘defesa-lateral perfeito’ (Álvaro Pereira tem tudo para se tornar num desses casos). Nesse sentido, a forma como Villas-Boas vai posicionar tacticamente a equipa parece ser mais importante do que os atributos dos laterais ao seu dispor. Basta reparar no que têm sido as últimas actuações de Sapunaru, um jogador vulgar que tem conseguido dar algum equilíbrio ao lado direito da defesa. No fundo é esse o papel dos bons treinadores: fazerem um jogador parecer melhor do que aquilo que é.
Até este momento, Villas-Boas venceu apenas uma Supertaça, mas ninguém pode negar que o futebol do FC Porto é agora mais vistoso e entusiasmante do que aquele que era praticado pela equipa do desgastado Jesualdo Ferreira. Eu destaco a forma muito mais solta como os jogadores abordam tacticamente o jogo. Há mais liberdade para percorrerem outras zonas do campo (o exemplo de Fernando é o mais evidente, mas também podíamos referir o grande raio de acção de jogadores como Moutinho ou Belluschi). Não foi à toa que o actual técnico do FC Porto confidenciou que se revia mais em Bobby Robson do que em José Mourinho. Faz sentido, pois nota-se que os jogadores do FC Porto são mais estimulados pela vertente emocional do que pela táctica. Um exemplo: independentemente da qualidade de jogo que apresentou até ao momento, o FC Porto era a equipa com mais vontade de liderar o campeonato. E lidera!

«Curiosidades FCP» - António Teixeira

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos António Teixeira, um lisboeta (chegou a ser campeão de juniores e seniores ao serviço do Benfica) que foi campeão pelo FC Porto com Dorival Yustrich, em 1955/56, e com Béla Guttmann, em 1958/59.
Este antigo ponta-de-lança do FC Porto foi fundamental nos títulos que o clube conquistou na década de 50. Antes de chegar ao Benfica, e ainda como juvenil, Teixeira representou o Águias do Alto do Pina e o Chelas. Nas camadas jovens começou por ser utilizado a extremo-esquerdo, mas acabou deslocado para o eixo do ataque quando atingiu a idade sénior. Foi nessa posição que foi utilizado no Benfica e no Vit. Guimarães, o último clube que representou antes de chegar ao FC Porto, em 1952/53.

A «foto do dia» - Carlos Alberto Silva

Hoje, na «foto do dia», recordamos Carlos Alberto Silva, o técnico brasileiro que foi bi-campeão nacional pelo FC Porto em 1991/92 e 1992/93.
Nesta foto, recuamos à sua passagem pelo São Paulo, clube que orientou em duas ocasiões antes de chegar ao FC Porto e onde conquistou dois Campeonatos Paulistas, em 1980 e 1989. Depois de deixar este histórico clube brasileiro, e imediatamente antes de chegar ao FC Porto, Carlos Alberto Silva ainda orientou o Yomiuri Kawasaki (Japão).

«Curiosidades FCP» - Paulo Futre na ‘France Football’

Recentemente recordámos a passagem de Rui Barros pelo AS Monaco com uma capa de uma edição da revista francesa ‘France Football’ onde o ex-avançado do FC Porto foi destaque de 1ª página. Hoje, recuperamos duas capas desta conceituada publicação onde o protagonista foi outro craque do FC Porto dos anos 80: Paulo Futre.
Em ambas as edições da ‘France Football’ vemos o ex-nº 10 do FC Porto com a camisola do At. Madrid, clube que representou depois de deixar o FC Porto no Verão de 1987.